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Dados geoespaciais para a Copa do Mundo de 2014

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Customização de produtos geoespaciais para apoiar as ações de planejamento e emprego das Forças de Defesa e de Segurança

Os Grandes Eventos realizados no Brasil no ano de 2013 e atualmente no ano de 2014 apresentam-se como um grande desafio às Forças de Segurança Brasileiras. Esta situação tem sua evidência consolidada pelo requerimento crescente de uma gama de ações coordenadas e planejamentos nunca antes vislumbrados. Para assegurar que os eventos transcorram com a devida integridade e segurança, o Governo Federal, sem prejuízo das medidas preventivas, atribuiu às Forças Armadas o papel de Força de Contingência, ou seja, em caso de necessidade, as mesmas serão acionadas para atuar. Nesse sentido, o Exército Brasileiro (EB) está atuando nas atividades de Defesa para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 nas doze cidades sedes e subsedes.

Tanto no planejamento da atuação das Forças de Contingência quanto no emprego das mesmas, é necessário que as autoridades incumbidas do processo decisório tenham subsídio para a tomada das ações mais eficazes e, para tal, é fundamental o uso de dados geoespaciais atualizados do terreno. No EB, a responsabilidade pela produção dos dados geoespaciais para apoiar as atividades de Segurança e de Defesa para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 é da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), a qual conta com cinco organizações militares diretamente subordinadas (OMDS), como braços operacionais, cada uma responsável pela respectiva região brasileira onde está sediada, a saber: 1ª Divisão de Levantamento, em Porto Alegre-RS (Região Sul); a 3ª Divisão de Levantamento, em Recife-PE (Região Nordeste); a 4ª Divisão de Levantamento, em Manaus-AM (Região Norte); a 5ª Divisão de Levantamento, no Rio de Janeiro-RJ (Região Sudeste); e o Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército (CIGEx), em Brasília-DF (Região Centro-Oeste).

As OMDS da DSG foram incumbidas de prover os dados geoespaciais atualizados em sua área de atuação, com a finalidade de apoiar as atividades de inteligência, logística, segurança, coordenação e controle dos eventos atinentes à Copa do Mundo que serão desenvolvidas pelos Centros de Coordenação de Defesa de Área das cidades sedes e subsedes e pelas demais Forças de Segurança.

Os dados geoespaciais. empregados como insumos necessários para o desenvolvimento do mapeamento das sedes e subsedes da Copa do Mundo, foram cedidos por diversas instituições públicas e privadas, tais como Prefeituras Municipais, Órgãos Estaduais de Mapeamento, Construtoras, Empresas de Abastecimento de Água, Empresas de Abastecimento de Luz, Empresas de Abastecimento de Gás entre outras.

Os dados geoespaciais vetoriais fornecidos foram complementados e convertidos para a modelagem prevista na Especificação Técnica para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais de Defesa da Força Terrestre (ET-EDGV Defesa FT), estrutura de dados geoespaciais desenvolvida pela DSG, que é uma expansão da ET-EDGV, versão 2.1.3, homologada pela Comissão Nacional de Cartografia (Concar), com a agregação de uma modelagem conceitual e lógica para as feições da Cartografia Cadastral, até a escala de 1:1.000, e feições da Cartografia Temática, relacionadas à temas de Defesa e Segurança, assim como temas correlacionados (defesa civil, patrimônio público, entre outros).

De posse dos dados geoespaciais vetoriais estruturados na nova modelagem prevista na ET-EDGV Defesa FT, foi realizada a etapa de reambulação nas cidades sedes e em algumas subsedes, que teve por finalidade, por meio do trabalho in loco das equipes de campo: atualizar as alterações ocorridas nas geometrias dos vetores associados às estruturas e vias das cidades; complementar os atributos previstos na ET-EDGV Defesa FT; e coletar as informações de interesse do Exército. A partir dos dados geoespaciais atualizados foram produzidos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) em duas dimensões (2D), com precisão planimétrica e densidade de informações compatíveis com as escalas de 1:2.000 ou 1:1.000, dependendo da base de dados fornecida.

Além do SIG 2D convencional também foi produzido um SIG 3D, nas escalas de 1:10.000 e 1:1.000, das regiões de interesse do Exército e das Forças de Segurança. Para a construção de tal produto, foram utilizados como insumos o perfilamento LiDAR e modelos digitais de elevação fornecidos por instituições públicas e privadas e dados coletados em campo.

SIG 3D da cidade de Fortaleza, com destaque para a Arena Castelão
SIG 3D da cidade de Manaus, com destaque para a Arena da Amazônia

O SIG 3D tem como principal aplicação, no contexto das atividades de Segurança e de Defesa, permitir uma melhor contextualização da consciência situacional para os tomadores de decisão, nos diversos níveis operacionais, além de possibilitar uma série de análises de visibilidade para diferentes finalidades, como por exemplo: definição do posicionamento ótimo de câmeras de vigilância; definição de pontos cegos para a segurança de um ponto sensível; identificação de pontos cegos de uma rota; e posicionamento de tropa para observação.

O SIG 3D também tem como propósito ser um centralizador de informações, com as feições não estando somente vinculadas a uma tabela de atributos, mas também a outros tipos de dados e informações, tais como fotos, documentos, gráficos, relatórios, etc..

Além dos SIG 2D e 3D foram produzidas cartas topográficas matriciais nas escalas de 1:25.000, 1:10.000, 1:2.000 e 1:1.000. Tais cartas foram produzidas utilizando-se técnicas de generalização cartográfica das bases de dados recebidas e atualizadas pelas OMDS da DSG. Também foram produzidas cartas ortoimagem nas escalas de 1:10.000 e 1:1.000, modelos digitais de terreno (MDT) e modelos digitais de superfície (MDS) das regiões das sedes e subsedes. Todos os produtos foram elaborados de acordo com a Especificação Técnica para Produtos de Conjuntos de Dados Geoespaciais (ET-PCDG), especificação prevista no Plano de Ação de Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e elaborada pela DSG, que tem por objetivo descrever os requisitos para cada tipo de produto gerado a partir de conjuntos de dados geoespaciais, estabelecidos no Sistema Cartográfico Nacional (SCN) ou no Sistema Cartográfico Municipal (SCM), para o caso de mapeamento cadastral.

Carta Especial da Arena Pernambuco na escala de 1: 1.000
Carta Especial de Manaus na escala de 1: 2.000

Todos os dados geoespaciais produzidos pela DSG serão disponibilizados para as instituições que cederam suas bases de dados, já na modelagem da ET-EDGV Defesa FT. As cartas topográficas matriciais na escala de 1:25.000 produzidas poderão ser acessadas e baixadas por qualquer usuário devidamente cadastrado, diretamente do Banco de Dados Geográfico do Exército (BDGEx), no seguinte endereço na internet: www.geoportal.eb.mil.br/mediador.

ALBERTO PEREIRA JORGE NETO

Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, Tenente Coronel Engenheiro Cartógrafo.

Chefe da 3a Divisão de Levantamento (3a DL) em Recife-PE. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)
alberto@dsg.eb.mil.br

CARLOS YOSHIO MORITA

Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, Capitão Tenente Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão Técnica da 3a DL. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)
morita@dsg.eb.mil.br

JOÃO ALBERTO BATISTA DE CARVALHO

Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, 1º Tenente Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão Técnica da 3a DL. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)
joao.alberto@dsg.eb.mil.br

PHILIPE BORBA

Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, 1º Tenente Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão Técnica da 4a DL em Manaus-AM. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)
borba@dsg.eb.mil.br

FELIPE DE CARVALHO DINIZ

Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, 1º Tenente Engenheiro Cartógrafo. Adjunto da Subdivisão Técnica da 1a DL em Porto Alegre-RS. Graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)
diniz@dsg.eb.mil.br

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