Entre eles, estão agências de publicidade, seguradoras, empresas de construção civil e pessoas físicas que querem imagens aéreas de eventos como aniversários e casamentos. No interior, é forte ainda o uso por agricultores que querem monitorar grandes áreas de plantação.
Um exemplo: a empresa DroneSP fez, para uma seguradora, uma vistoria na cobertura do estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo, antes da abertura da Copa. O serviço anteriormente exigiria o deslocamento físico de uma equipe até o local, com todas as preocupações de segurança e limitações de acesso.
No mercado imobiliário, eles servem para avaliar terrenos, para acompanhar as obras e para mostrar ao comprador, antes da construção do prédio, como será a vista de determinado andar.
“Em casamentos, é possível fazer uma panorâmica da região, com a imagem se aproximando do local do evento”, diz Paulo Lopes, dono da DroneSP, criada no fim de 2013.
A diária de um drone pode custar de R$ 1.500, com equipamentos mais simples e em empresas mais baratas, a cerca de R$ 6.000. Há equipamentos, hoje, que pesam menos de 2 kg. Eles vão a até cerca de 150 metros de altura.
“O drone fica entre o helicóptero e a grua”, diz Regis Mendonça, sócio da empresa idrone.tv, uma das mais antigas do mercado (atua desde 2010) e que trabalha principalmente com publicidade.
“Geralmente somos contratados por produtoras. De um ano e meio para cá houve um boom, parece que todos querem trabalhar com isso. E cresceu bastante também o número de empresas no setor.”
O recurso também tem sido utilizado no jornalismo. No ano passado, a Folha usou um drone para filmar protestos.
Limitações
Entre as limitações, está a baixa autonomia de voo. Um drone consegue voar entre 5 e 15 minutos, dependendo do seu tamanho e do tipo de equipamento de filmagem acoplado a ele.
Além disso, não há regulamentação sobre o uso dos drones no país. A Anac (agência reguladora do setor) promete editar regras até o fim do ano, limitando o voo sobre pessoas -para evitar acidentes- e o voo não autorizado sobre bens de terceiros.
Na semana passada, por exemplo, um drone desconhecido sobrevoou um treino fechado da seleção da França em Ribeirão Preto, fazendo o treinador do país reclamar de espionagem.
“Ainda há muito a evoluir. A gente ouve falar em drones entregando pizza. Isso é muito distante… Talvez em dez anos. Hoje, não passa de publicidade”, diz Mendonça.
Fonte: Folhapress
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