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Brasil recebe autorização para pesquisar recursos minerais no Atlântico Sul

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O Brasil é o primeiro País do Hemisfério Sul a ter aprovado Plano de Exploração na área internacional dos oceanos, considerada patrimônio comum da humanidade pela ONU. A aprovação da proposta do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) ocorreu durante a 20ª Sessão Anual do Conselho da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISBA), realizada em Kingston, na Jamaica, do qual participam mais de 160 países. Nessa mesma ocasião foram aprovados outros seis planos da Rússia, Reino Unido, Índia, Singapura, Cook Island e Alemanha.

Elevação do Rio Grande localizada em águas internaiconais a cerca de 1.500km do Rio de Janeiro/ Imagem: CPRM

O Plano de Trabalho da CPRM apresentado à ISBA é para pesquisar e explorar, ao longo de 15 anos, recursos minerais no Alto do Rio Grande, uma elevação submarina no lado oeste do Atlântico Sul, a cerca de 1.500km do Rio de Janeiro. Estudos da CPRM demonstram que essa região pode ser um continente submerso.

A aprovação do Plano é o resultado de importantes investimentos do PAC e demonstra a capacidade brasileira de enfrentar novos desafios. O Brasil entra no seleto grupo de países que são referência em pesquisa mineral em águas profundas. O projeto vai promover a formação de recursos humanos e o desenvolvimento científico e tecnológico. Além de viabilizar cooperação com outros países, fortalecendo as relações internacionais, técnicas e científicas. Nos últimos quatro anos foram investidos cerca de R$ 60 milhões em pesquisas no Atlântico Sul. Para este ano estão previstos mais de R$ 20 milhões.

O trabalho é resultado de mais de quatro anos de estudos da CPRM, que contou com a participação de mais de 60 pesquisadores e universitários de diferentes instituições, das áreas de geologia, biologia, geofísica e oceonografia. Com essa iniciativa o Brasil vai aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes em região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do potencial econômico desses recursos minerais, bem como do desenvolvimento de estudos oceanográficos.

A proposta de pesquisa é fortemente sustentada em parâmetros técnicos, revelando a preocupação do país com o desenvolvimento sustentável. Inclui, ainda, o compromisso em oferecer oportunidades de treinamento em benefício de outros países em desenvolvimento.

Fonte: CPRM

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