Com o objetivo de aprofundar o conhecimento da realidade do povo Xokleng que vive na Terra Indígena Ibirama-La Klãnõ, equipe técnica e institucional do Governo Federal realizou vistoria na região para diagnosticar aspectos dos processos de movimento de massa e de inundações gerados pela dinâmica da barragem de contenção de cheias do Rio Hercílio, que corta a Terra Indígena. Os dados levantados durante a visita dos técnicos visam orientar a adoção de medidas para minimizar ou sanar os problemas que atingem as residências, pontes e as vias de acesso da região.
A equipe era formada por técnicos do Ministério da Integração Nacional (MI), Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), em conjunto com a Secretaria de Defesa Civil (SDC) e Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) do Estado de Santa Catarina; Prefeitura Municipal de José Boiteux.
Durante a vistoria, técnicos da CPRM diagnosticaram diversos processos de movimento de massa e pontos de inundação que atingem residências, pontes e vias de acesso. Com a finalidade de orientar ações e medidas a serem tomadas para atender às demandas da Terra Indígena, os pesquisadores da CPRM constataram a necessidade de elaboração da carta de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundação.
Durante reunião realizada em 14/08, para avaliar o relatório da vistoria, a CPRM se comprometeu em elaborar a carta de suscetibilidade, com previsão de conclusão para a segunda quinzena de setembro. A carta vai identificar as alternativas locacionais de novas edificações residenciais, e indicar os pontos de interrupções de pontes e das vias de acesso.
“A complexidade do tema, aliado ao grau de risco que atinge a comunidade indígena, requer ações de caráter emergencial, principalmente na realocação de casas em áreas de rastejo e a contenção do talude na escola da comunidade”, destaca o diretor Thales Sampaio, que elogia também o trabalho dos técnicos da CPRM envolvidos nos mapeamentos de áreas de risco em todo país.
Fonte: CPRM