Dois Satélites do sistema de navegação por satélite Galileo foram lançados na sexta-feira de uma base na Guiana Francesa por um foguete Soyuz e não atingiram a órbita prevista, o que ameaça adiar o início do funcionamento do sistema de navegação europeu, que deseja competir com o GPS americano.
“As observações complementares realizadas após a separação dos satélites do (foguete) Soyuz VS09 para a missão Galileo FOC M1 evidenciam uma distância entre a órbita alcançada e a prevista”, anunciou a empresa Arianespace, que está investigando o problema.
“Os satélites foram colocados em uma órbita abaixo do previsto. As equipes estão estudando o impacto que isto poderia ter nos satélites”, completou a empresa.
Até o momento, a Arianespace não se pronunciou sobre a possibilidade de corrigir a trajetória dos dois satélites.
O lançamento estava previsto inicialmente para quinta-feira, mas foi adiado por condições meteorológicas desfavoráveis.
Depois de três horas e 48 minutos, o módulo superior Fregat se separou dos dois satélites Galileo Sat-5 e Sat-6 para colocá-los em uma órbita circular a 23.522 km de altitude.
O foguete russo Soyuz decolou da plataforma de lançamento de Sinnamary, perto de Kuru, na sexta-feira com uma carga de 1,6 tonelada.
A previsão era de que os dois novos satélites Galileo estariam operacionais no outono (hemisfério norte, primavera no Brasil). Já foram lançados quatro satélites, dois deles em outubro de 2011 e os outros um ano mais tarde.
Os europeus desejam dispor de uma tecnologia própria e independente do sistema militar americano GPS.
O programa, com custo de mais de cinco bilhões de euros, é totalmente financiado pela Comissão Europeia e administrado pela ESA, a Agência Espacial Europeia.
Inicialmente, o sistema tinha previsão de começar a funcionar em 2008, com um custo de 3,2 bilhões de euros, mas acumulou atrasos e novos custos.
A operadora europeia Arianespace anunciou na quinta-feira o lançamento de 12 novos satélites para acelerar a implantação do Galileo.
Está previsto o lançamento de outros dois satélites em 2014.
Fonte: Exame