publicidade

Alertas de desmatamento na Amazônia tiveram aumento de 9%

publicidade

Nos meses de junho e julho, 1.264 km² de áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia foram identificados pelo DETER – sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), baseado em satélite – que registra, em tempo real, as áreas possivelmente desmatadas ou degradadas no bioma e serve para orientar as ações de fiscalização.

A área dos alertas de desmatamento na Amazônia Legal aumentou 9% entre julho de 2013 a agosto de 2014. Em junho foram verificados 535 km², enquanto em julho houve o registro de 729 km². O Pará é o estado com a maior área de alertas. A região do município de Novo Progresso, às margens BR-163, responde por 20% das detecções em toda a Amazônia Legal e 63% no estado. Rondônia e Amazonas também registraram aumento nos alertas. No Mato Grosso, houve queda de 17%.

A distribuição das áreas nos Estados em cada mês e a respectiva cobertura de nuvens são apresentadas na tabela a seguir.

Os resultados do DETER devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura de nuvens, que afeta a observação por satélites. As áreas em rosa dos mapas a seguir correspondem aos locais que estiveram encobertos no período. Nos mesmos mapas, os pontos amarelos mostram a localização dos alertas emitidos pelo DETER.

Mapa de alertas de junho, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 27% da Amazônia
Mapa de alertas de julho, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 15% da Amazônia

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER.

A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo de desmatamento na região.

Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.

A cada divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta ainda um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados relativos ao DETER, podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter.

Fonte: Inpe e Ministério do Meio Ambiente

publicidade
Sair da versão mobile