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CPRM mostra as ações em áreas de riscos de desastres naturais

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Fonte: CPRM
CPRM mostra as ações em áreas de riscos de desastres naturais

Sampaio abordou a participação da CPRM no Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, um plano gestado na Casa Civil, por determinação da Presidência da República, com base em quatro eixos temáticos: mapeamento, prevenção, monitoramento e alerta, e resposta, com orçamento de 18.8 bilhões para investir na prevenção e mitigação dos efeitos dos desastres naturais.

Envolvendo os Ministérios de Minas e Energia, de Ciência e Tecnologia, da Integração, da Saúde, da Defesa e Cidades, segundo Sampaio a criação do plano partiu da necessidade do governo de buscar soluções para os eventos de desastres naturais que, no início de 2011 provocaram uma série de tragédias com milhares de vítimas e prejuízos econômicos.

Buscando uma atuação integrada dos diversos órgãos. Coube à CPRM a incumbência de elaborar os mapas de risco. “A presidente determinou que 35 geólogos deveriam ser colocados no campo, em janeiro de 2012, para que fosse dada uma resposta imediata para as várias ocorrências de desastres no país em apoio as defesas civis municipais estaduais e nacional”, lembrou Sampaio.

Assim, num grande esforço empreendido pela CPRM, atuou-se em quatro linhas de ação, com total cumprimento às metas estabelecidas em 2012, 2013 e 2014 a partir da identificação e delimitação de áreas classificadas de riscos a movimentos de massa e inundações de risco muito alto e alto, em escala variável de 1:1.000 a 1:2.000 para processos de rupturas em encostas, enchentes e inundações; Cartas Municipais de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações, indicando áreas de suscetibilidade de movimentos de massa, enchentes e inundações, na escala 1:25.000, tendo já mapeado 169 municípios e a meta é chagar a 286 municípios até dezembro; desenvolvimento e implementação do Sistema de Cadastro de Deslizamentos e Inundações (SCDI), um sistema para cadastramento de dados georreferenciados sobre deslizamentos e inundações; e a elaboração e execução de cursos de capacitação de técnicos das defesas civis municipais, com aulas teóricas de 40 horas e prática de campo. Atualmente foram capacitados mais de 1.400 técnicos no país.

Segundo o diretor, a CPRM cumpriu a meta do governo de mapear um total de 821 municípios (foram 823 dois a mais). “Estamos criando banco de dados, massa crítica e inteligência sobre as áreas de risco no Brasil”, ressaltou.

Para atender as demandas do país, a CPRM desenvolveu uma metodologia para a setorização de riscos alto e muito alto a movimentos de massa e inundações, para evitar o sofrimento das pessoas. “Identificamos, delimitamos, conversamos e repassamos conhecimento para as comunidades locais. Subimos os morros com o pessoal das defesas civis municipais e moradores das comunidades e, naquele momento, começamos a conscientizar as populações locais sobre as áreas suscetíveis a ocorrências de desastres”, disse Sampaio.

Outras ações

Além da atuação no Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, Thales Sampaio lembrou que a CPRM desenvolve ações importantes para o país, com vistas a atender a população, como os sistemas de alerta hidrológicos, com destaque para os sistemas do rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo, do Solimões/Negro, no Amazonas e da bacia do Caí, no Rio Grande do Sul.

Estes sistemas hoje abrangem e beneficiam em torno de 3,5 milhões de pessoas. Além destes, também opera o sistema do Pantanal e está implantando os das bacias do Taquari, Madeira, Parnaíba, Muriaé, Acre e Rio Branco. Sampaio citou a criação do Sistema de Alerta e Controle de enchentes (Sace); e a implantação da Rede Estratégica de Poços no Semiárido Brasileiro, contribuição para atenuar os efeitos da estiagem, mais uma demanda do Governo Federal. “A proposta da CPRM foi através dos mapas das bacias sedimentares do nordeste, onde locamos 24 poços (com apenas três insucessos), e conseguimos viabilizar poços maravilhosos feitos em borda das bacias”, para durar pelo menos 50 anos, disse Sampaio.

A concepção e o planejamento foram feitos no final de abril de 2013, o início dos trabalhos foi no final de junho e conclusão em março de 2014. Como exemplo de resultado, o diretor citou um poço em Alagoas, perfurado a quatrocentos metros próximo ao cristalino, e jorra 135 mil litros/hora de água de excelente qualidade no meio da Caatinga. A previsão inicial era de conseguir poços para um total de 2.150 metros cúbicos de água potável por hora e conseguiu-se 2.166 metros cúbicos/hora, atendendo cerca de 1 milhão de pessoas em situação de emergência. Ao terminar a palestra, Sampaio destacou que as ações desenvolvidas pela instituição estão voltadas para o compromisso da CPRM com a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.

Fonte: CPRM

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