O projeto original de mapeamento de ciclovias foi concebido por uma Organização Não Governamental do Rio de Janeiro chamada Transporte Ativo. Desenvolveu-se um mapa cicloviário da cidade do Rio, e posteriormente foram disponibilizados seu código fonte e uma explicação do processo de construção do site para que outros ciclistas pudessem elaborar uma ferramenta parecida em suas cidades. É possível verificar o processo por meio da página: http://nighto.net/mapa-cicloviario-unificado-do-rio-de-janeiro-como-criar-um-mapa-igual-para-a-sua-cidade/
Até o momento, apenas sete cidades possuem este mapa construído (RJ, BH, Belém, São Francisco do Sul, Macaé, Niterói e agora SJC).
Eric Souza, engenheiro cartógrafo e idealizador do projeto para a cidade de São José dos Campos, afirma: “É claro que também precisei adaptar alguns pontos relacionados a estrutura do site e programar um pouco em Java e HTML, pois cada cidade pode ter feições específicas para ser incluída (no mapa de SJC, por exemplo, existem informações sobre acidentes, trilhas e do plano cicloviário do município, que são feições que não existem no mapa de outras cidades, mas por outro lado, não tem a feição de aluguel de bicicletas, pois este serviço não existe por aqui).”
O engenheiro pontua também que a parte “cartográfica” em si, de visitas de campo, utilizar imagens de satélite e/ou aerofotogrametria para definir onde estes pontos estão localizados, além da vetorização de todas as informações, é consideravelmente mais trabalhosa de ser executada, pois em geral é muito difícil de encontrar alguma informação de referência em qualquer prefeitura do Brasil.
Ainda de acordo com Eric, a sua iniciativa em foi de verificar a exata localização dos pontos de interesse e classificá-los como ciclovias/ciclofaixas/vias compartilhadas/ calçadas compartilhadas / vias proibidas / trilhas da minha cidade. Também fez-se necessário verificar as informações relacionadas aos bicicletários, postos de gasolina (para enchimento dos pneus), locais onde já ocorreram acidentes fatais, chuveiros, lojas e oficinas. “Sempre tive preocupação em manter a precisão dos detalhes e o rigor cartográfico das informações inseridas, pois como o principal objetivo do mapa é aumentar a segurança dos ciclistas, a confiabilidade dos dados é imprescindível.”
Eric passou as últimas férias percorrendo a cidade toda para conferir estes pontos, vetorizar as informações e adaptar a programação e tornar o mapa disponível.
Como o mapa é colaborativo (outros ciclistas podem enviar informações para o compartilhamento com o resto da cidade) a divulgação foi um fator muito importante. Nota-se o interesse de vários outros cartógrafos em executar o projeto em suas respectivas cidades.
“Acredito que esta iniciativa é uma forma muito boa de mostrar como um projeto voluntário de cartografia pode ser utilizado para contribuir com a sociedade.”, conclui Eric.
http://nighto.net/mapa-cicloviario-unificado-do-rio-de-janeiro-como-criar-um-mapa-igual-para-a-sua-cidade/