Com o objetivo de traçar um completo e atual panorama da história cartográfica de Sergipe, o Governo do Estado está trabalhando da elaboração de um atlas que aborda o tema, contando com mapas datados desde o século XVI até o período atual. O material intitulado “Atlas Histórico de Sergipe”, está sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), através do Observatório de Sergipe.
Através da publicação, a população sergipana poderá conhecer todo o processo de mudança na cartografia do estado, e comparar como era no passado e nos dias de hoje. O atlas contará ainda com mapas de cidades e todas as cartas cartográficas encontradas, mostrando o relevo e a toponímia sergipana.
“Esse é um antigo desejo da nossa equipe, uma vez que temos parte desse acervo que não estava sendo divulgado. O Atlas vem resgatar a história de Sergipe através dos mapas, desde o período colonial, com suas visões de mundo em uma mistura de técnica e arte, até os tempos atuais, com o uso de novas tecnologias”, informa Fernanda Cruz, assessora técnica do Observatório de Sergipe.
Fernanda explica que o material também apresentará à sociedade o quanto as tecnologias favoreceram o desenvolvimento do mapeamento da superfície terrestre e auxilia na tomada de decisões ao permitir conhecer o espaço que quer se estudar. A produção do Atlas foi iniciada em meados do mês de setembro e a expectativa do Observatório de Sergipe é lançá-lo até o final do ano. “Essa é uma publicação que mostra a importância desse acervo e contribui para oferecer mais informações sobre o estado para estudantes, pesquisadores e a sociedade em geral”, frisa a assessora técnica do Observatório.
Mapas históricos
O Atlas conta com mapas datados desde o ano de 1848, cedidos pela Biblioteca Nacional e retratam a Província do Território de Sergipe. Um dos destaques do material é o mapa “Provincie della Baia e di Sergippe”, confeccionado supostamente em 1698 por Andrea Antônio Orazi e que apresenta topônimos de povoados litorâneos, rios e suas lagoas.
Ele descreve a foz do Rio São Francisco e a geografia de cidades de Sergipe. O cartucho de título é ilustrado com imagens da mitologia grega, coroa e brasão. De acordo com informações da Biblioteca Nacional o autor desenhou este mapa para o carmelita português João José de Santa Teresa, para sua obra intitulada “Istoria delle guerre del regno del Brasile (…)”, e a gravação do mapa ficou a cargo do gravador francês Vicent Humbert.
É preciso destacar também as plantas, como a confeccionada por João Bloem, em 1846, do município de Maruim (antes denominado Porto das Redes), cuja produção foi voltada para a implantação de uma futura alfândega na Província de Sergipe Del Rey. Além do mapa confeccionado em 1801 por Luís dos Santos Vilhena, que faz parte da “Colecção de plantas geográficas, ydrográficas, planos e prospectos relativos a algumas das cartas de notícias Soteropolitanas e Brasílias”, onde é possível visualizar como Sergipe se apresenta com a sua toponímia, localidades e rios bastante próximos do que são denominados atualmente.
“Neste mapa Estância é descrita como uma povoação maior que Santa Luzia do Itanhy, e Lagarto e Santo Amaro já se apresentam como vila, além de Itabaiana e Japaratuba”, aponta Fernanda Cruz.
Fonte: Ascom ASN
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