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Novo satélite de observação do Brasil será lançado em 7 de dezembro

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O CBERS-4, que será lançado em 7 de dezembro, aumentará a capacidade do país em disponibilizar informações importantes para a gestão ambiental do planeta. O satélite sino-brasileiro, os sistemas e as parcerias firmadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para disseminação de dados foram destacados durante a GEO-XI, reunião plenária anual do Grupo Intergovernamental de Observação da Terra (GEO, na sigla em inglês) realizada nos dias 13 e 14 de novembro em Genebra, Suíça.

O GEO congrega 94 países, a Comissão Europeia e 77 organizações. Sua principal iniciativa é o GEOSS (Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra), um abrangente catálogo de dados, com informações acessíveis a partir de um portal unificado, para beneficiar as áreas de Agricultura, Clima, Tempo, Energia, Água, Ecossistemas, Biodiversidade, Desastres e Saúde.

Teste do gerador solar do Cbers - 4. Imagem: Inpe

O compartilhamento de dados para o desenvolvimento sustentável (Data Democracy) e o treinamento, educação e infraestrutura para o seu melhor uso (Capacity Building) são pilares do GEO. São áreas em que o Brasil é pioneiro, por já ter estabelecida uma política aberta e gratuita para todos os dados dos seus satélites de observação da Terra.

“O INPE tem ainda grande experiência em programas de capacitação para países em desenvolvimento”, disse André Misi, secretário da Missão Permanente do Brasil junto à ONU na Suíça e chefe da delegação brasileira, destacando o treinamento dado pelo instituto, baseado na sua atuação no monitoramento por satélites da Amazônia, a países interessados em monitorar suas próprias florestas. (Confira aqui o discurso do secretário.)

A delegação brasileira em Genebra conta ainda com as pesquisadoras do INPE Hilcéa Ferreira e Alessandra Gomes, chefe do Centro Regional da Amazônia do instituto, localizado em Belém (PA).

Avanços

A política brasileira de código aberto de tecnologias de geoinformática e gerenciamento de grandes bancos de dados tem permitido que outros países adaptem as ferramentas para atender suas condições específicas. Um dos exemplos é o TerraCongo que já está em operação na República Democrática do Congo e foi criado a partir do TerraAmazon, tecnologia desenvolvida pelo INPE para seus sistemas PRODES e DETER, utilizados no monitoramento da Amazônia.

Lançado em janeiro de 2014, o novo portal do GEOSS atualmente conta com mais de 75 milhões de recursos de observação da Terra, dos quais 50 milhões na categoria de recursos abertos (Data CORE – Data Collection of Open Resources for Everyone). O Centro de Dados de Sensoriamento Remoto do INPE contribui com mais de 800 TeraBytes de dados satelitários.

O INPE disponibiliza dados e produtos meteorológicos e ambientais por meio do GEONETCast Americas, iniciativa do GEO apoiada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) . O GEONETCast é um sistema de baixo custo de difusão de informações ambientais que permite a distribuição gratuita de dados de satélites, medidas locais, de produtos e de serviços do GEOSS a usuários que disponham de uma infraestrutura mínima em qualquer ponto do planeta.

Além disso, com suporte do INPE, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) tem desenvolvido metodologias baseadas em dados de observação da Terra para estatísticas agrícolas em culturas como o trigo, soja, arroz e milho. A iniciativa faz parte do GEOGLAM (Global Agriculture Monitoring), programa internacional liderado pelo GEO.

A experiência do INPE em capacitação é requisitada nos programas de cooperação coordenados no contexto do GEO, principalmente aqueles liderados pelo Centro Regional da Amazônia (CRA/INPE), cujo foco é a difusão, capacitação no uso de tecnologia de monitoramento orbital de florestas tropicais e transferência de tecnologia brasileira de monitoramento de florestas aos países interessados.

O treinamento realizado no CRA/INPE foi um dos destaques do evento paralelo denominado “AfriGEOSS & Capacity Building Side Event: Interconnecting needs, capabilities and resources for Africa”. (Confira aqui pôster apresentado no evento.)

“O apoio ao AfriGEOSS é estratégico para efetivarmos o programa CBERS for África como instrumento de cooperação do país e continuarmos a iniciativa de democratização de dados liderada pelo Brasil. Também se trata de excelente fórum para divulgação das nossas tecnologias geoespaciais, em código aberto, como apoio ao processo de tomada de decisão – TerraMA2, TerraHidro, TerraAmazon, TerraClass e SPRING”, diz Hilcéa Ferreira, do INPE.

Mais informações sobre o evento na página:
http://earthobservations.org/geo11.php

Fonte: Inpe

 

 

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