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Projeto tenta tirar o Amapá da condição de vazio cartográfico

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O projeto “Base Cartográfica Digital e Contínua do Amapá”, trabalha na cartografia de alta precisão das áreas urbanas e florestais dos 16 municípios do estado. O objetivo é tirar o Amapá da condição de “vazio cartográfico”para a posição de melhor base cartográfica do país, com 100% da área do Estado em escalas adequadas.

Imagem: JDia

O plano é de responsabilidade da Secretária de Estado do Meio Ambiente (Sema) através de convênios com o Divisão de Serviços Geográficos (DSG) do Exército Brasileiro que deverá entregar um produto de alta precisão com escala 1:25.000 nas áreas florestais e 1:50.000 nas áreas urbanas.

De acordo com o tenente Mauro Sérgio, coordenador do projeto pela 4ª Divisão de Levantamento, da diretoria do DSG no Exército Brasileiro, uma base cartográfica nessas escalas vai garantir ao Estado um conhecimento amplo de informações detalhadas sobre os 16 municípios monitorados.

Mauro Sérgio explicou ainda que este trabalho trará uma base sólida para programas e trabalhos que envolvam o conhecimento e definição das áreas territoriais do Amapá. “Será um benefício tanto para os setores públicos que poderão ter acesso a informações geográficas e demográficas na realização de serviços em favor do Estado, quanto para os setores privados que poderão estudar a melhor localização para instalação industrial, por exemplo”, relatou o tenente.

Segundo a gestora técnica do projeto, Cláudia Funi, o Estado optou por executar o mapeamento juntamente com o Exército em função da sua experiência bem sucedida deste tipo de trabalho na Amazônia. “Recebemos orçamentos de diversas empresas especializadas do país, mas a experiência do Exército Brasileiro contou muito para escolhermos eles. Além do custo/benefício que isso nós trará”, destacou a gestora.

Outra grande vantagem do convênio com o Exército foi a possibilidade de adesão ao registro de preço para aquisição de imagens radar bandas P e X, que atualmente constituem a melhor e talvez única opção para mapeamento de áreas com densa cobertura vegetal e constante cobertura de nuvens, como o Amapá. “Esse serviço vai nos proporcionar uma precisão ainda maior das imagens. Vamos poder identificar elementos florestais e urbanos bem detalhadamente”, explicou Cláudia.

Para realização do trabalho, o exército está utilizando a tecnologia da empresa brasileira BRADAR, única no mundo em realizar imageamento comercial com sensor radar nas bandas X e P, que está sobrevoando o território para coleta das imagens desde outubro de 2014. “Três aeronaves foram trazidas ao Estado e voos diários são realizados para aferir um ritmo que possibilite a execução do projeto”, contou o tenente Mauro Sérgio.

O Amapá não possuí mapeamento em escalas adequadas para sua gestão, tendo apenas 11 cartas em escala 1:100.000, produzidas há décadas, quando são necessárias aproximadamente 70 cartas nesta escala para recobrir todo o território.

A previsão é que a fase de registro das imagens seja concluída em julho deste ano. Com esses dados em mãos, a Sema vai trabalhar na elaboração do Plano Cartográfico Estadual, que pretende criar a Base Cartográfica do Estado, que vai gerar todas as informações colhidas pelo projeto.

Fonte: JDia

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