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Opinião: Por dentro dos Sistemas Globais de Navegação por Satélite

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Você sabia que hoje estão em órbita sob nossas cabeças exatos 74 satélites de posicionamento global? E você notou que o sistema norte-americano GPS já não reina absoluto nos céus?

Mais de 70 satélites de posicionamento global já estão em órbitaCom os lançamentos realizados na semana passada, a “constelação” do sistema russo Glonass agora possui 28 satélites, sendo 24 operacionais. Já o GPS conta com 32 veículos em órbita, com 30 operacionais. Por sua vez, o sistema europeu Galileo chegou a 8 satélites, com 4 operacionais e o chinês Beidou já possui 17, sendo 16 operacionais.

Toda essa variedade de satélites para posicionamento e navegação ao redor do globo só melhoram a precisão e acurácia do trabalho dos profissionais de geotecnologia em solo, já que fornecem mais opções, principalmente se levarmos em conta locais com problemas para recepção de sinais, como por exemplo em áreas urbanas.

Entendendo o GNSS

Mas, afinal, pra que tanta sigla? Apesar de popularizados com o termo genérico “GPS”, na verdade todos estes sistemas fazem parte de um grande grupo chamado de GNSS, que é a sigla em inglês para Sistemas Globais de Navegação por Satélite. Considera-se que, para ter cobertura global, uma constelação de satélites possua um número mínimo de satélites posicionados em órbita de forma que um receptor sobre a superfície terrestre possa sempre detectar pelo menos quatro satélites acima do horizonte. Nos sistemas GNSS, três satélites são suficientes para determinar as coordenadas do receptor em solo, enquanto o quarto satélite é utilizado para sincronizar o tempo.

Redes GNSS de Monitoramento Contínuo

Há exatamente um ano a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos sistemas GNSS passou a contar com mais de 100 estações, o que é considerado um marco para o setor de Geodésia no Brasil. Cada estação da RBMC é equipada com um receptor GNSS conectado a um link de internet, através do qual os dados são disponibilizados gratuitamente no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Através das informações geradas pela RBMC podem-se obter coordenadas geográficas (latitude, longitude e altitude) com precisão de poucos centímetros, necessária para diversas aplicações e atividades profissionais que são realizadas em diferentes áreas, por exemplo, na engenharia, na navegação aérea e marítima, nos cadastros rural e urbano, agricultura de precisão, entre outras. Por isso, a RBMC, em operação desde 1996, tem sido uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento das Geotecnologias no Brasil.

Apesar de ter partido de uma iniciativa do IBGE, a RBMC é hoje um grande esforço de dezenas de instituições públicas de todo o país, que contribuem com alguma infraestrutura para operação dessas estações. Dentre estas instituições, destacam-se o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e, mais recentemente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além disso, a RBMC contribui também no desenvolvimento das atividades de projetos internacionais como o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (Sirgas).


 

Eduardo FreitasEduardo Freitas –  Coordenador de Cursos e Pesquisas de Mercado do Instituto GEOeduc. Engenheiro Cartógrafo (Universidade Federal do Paraná) e Técnico em Edificações (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), com mais de 17 anos de experiência nos setores de Obras Civis e Geotecnologia. Diretor Financeiro da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos – Regional Paraná (ABEC-PR) – Gestão 2013/2015, Membro da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), Tradutor/Revisor de 2007 a 2013 do Informativo para América Latina e Caribe da Associação para a Infraestrutura Global de Dados Espaciais (GSDI), Tradutor desde 2012 do Informativo do Fórum Ibero-Americano do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC), Tradutor/Revisor desde 2014 do Informativo GeoSUR. Atuou de 2005 a 2014 como Editor da Revista/Portal MundoGEO (em português, espanhol e inglês), Coordenador da Programação Técnica dos Eventos Presenciais (Seminários e Conferência Internacional MundoGEO#Connect) e Online (Webinars em português, espanhol e inglês), bem como Gerente de Social Media da MundoGEO. Liderou a participação da MundoGEO em Projetos de Cooperação Internacional na área de Geomática envolvendo instituições latino-americanas e europeias. Palestrante em Conferências Nacionais e Internacionais, com apresentações sobre Tendências no Setor de Geotecnologia, Qualificação/Atualização Profissional e temas afins.


Por dentro do GPS

Quer conhecer mais a fundo como funcionam os sistemas GNSS? O curso online de Introdução ao Sistema GPS conta com material teórico e vídeos explicativos voltados para todos os interessados em conhecer as características e aplicações práticas do Sistema GPS, bem como conceitos de Cartografia e Geodésia.

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Programado para um total de no mínimo 10 horas de estudo – sem contar os acessos aos conteúdos complementares (artigos, tutoriais, webinars, etc.), – o curso aborda os seguintes tópicos:

• Histórico do sistema: Componentes do Sistema, Características do Sinal, Precisão dos Relógios, Princípio do Funcionamento, Fontes de Erros GPS

• Sistema de Coordenadas Terrestres: Sistema de Coordenadas Topográficas, Sistema de Coordenadas Geográficas, Modelos de Elipsóide, Projeções Cartográficas e Sistema UTM

• Tipos de Receptores: Receptor de Navegação, Receptores Topográficos, Receptores Geodésicos de Bases Curtas, Receptores Geodésicos de Bases Longas, Classificação dos Levantamentos GPS, Canais, Aplicações de Entrada e Saída de Dados, Rinex

• Métodos de Levantamentos GPS: Absoluto, Diferencial, Relativo (Interferométrico), Altimetria

• Redes de Monitoramento Contínuo: Recomendações, Formas de Acesso

• Usos e Aplicações do GPS: Presente e Futuro dos Sistemas de Navegação

O autor do curso online de Introdução ao GPS é Wanderley Kampa Ribas, Engenheiro Cartógrafo (UFPR), Engenheiro de Segurança (UTFPR) e Engenheiro de Dutos (PUC-PR), Coordenador de projetos na Esteio Engenharia e Aerolevantamentos.

Confira também nossos materiais gratuitos sobre Geotecnologias.

Bons estudos!

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