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Radar usado pelo Exército pretende mapear toda a Amazônia

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Amazônia/ AEB

Em pleno século XXI, o Brasil ainda tem um território imenso, praticamente desconhecido. Para mapear os confins da Amazônia, o Exército está usando uma tecnologia capaz de enxergar rios, montanhas e vales, através de nuvens e árvores.

Desde 2008, o Exército está mapeando palmo a palmo 1,8 milhão de quilômetros quadrados na região – uma área cinco vezes maior do que a Alemanha. Faltam alguns trechos do Pará e Amazonas. No Amapá, a missão está praticamente concluída.

“O mapeamento vai identificar o relevo, vai identificar o contorno de divisas, mas obviamente a homologação dessas divisas vai depender de órgãos que são encarregados disso”, explica o diretor de Serviços Geográficos do Exército Silva Neto.

As fronteiras do Brasil, demarcadas há mais de 90 anos pelas expedições do general Cândido Mariano Rondon, estão sendo revistas. Toda linha divisória, que vai do Acre ao Amapá, foi documentada.

Esse trabalho vai corrigir também informações de mapas feitos na década de 1960, quando as limitações tecnológicas e de acesso não permitiam o detalhamento do terreno.

A cobertura de nuvens e a floresta densa sempre foram um obstáculo para obtenção de informações detalhadas do relevo. O máximo que se conseguia eram imagens da copa das árvores.

Agora, o radar usado na missão do Exército é capaz de enxergar através da folhagem, mesmo com céu encoberto. Para isso,  os prismas (refletores) foram colocados pelas equipes de campo em pontos escolhidos no terreno com coordenadas GPS levantadas com precisão. Essas peças são fundamentais para a execução do serviço.

Esses prismas são instalados seguindo as faixas de voo que o avião deve obedecer. Eles refletem os sinais emitidos pelos sensores embarcados na aeronave, e ajudam assim a calibrar com precisão as imagens adquiridas em cima.

Os cones, posicionados no solo, refletem o sinal com nitidez e permitem medir exatamente a distância percorrida. Permitem também o registro de qualquer variação do solo, como depressões ou elevações do terreno.

“Essas informações são muito úteis para que a gente encontre rios até então desconhecidos. São importantes para o planejamento e construção de estradas, hidrovias, usina hidrelétrica”, explica o presidente da BRADAR, empresa responsável pelo mapeamento, Astor Vasques.

Fonte: G1

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