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Fundo Amazônia vai aprimorar estudos e projetos do INPE

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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) está aperfeiçoando seus sistemas que monitoram desmatamentos, degradação florestal e queimadas com recursos do projeto Monitoramento Ambiental por Satélites no Bioma Amazônia, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do Fundo Amazônia.

“Após os três anos e meio previstos para a vigência deste projeto, os programas do Inpe relacionados ao bioma Amazônia terão sido amplamente incrementados, proporcionando ao país, particularmente ao Ministério do Meio Ambiente, ferramentas ainda mais eficientes e eficazes para o monitoramento ambiental da Amazônia”, declarou Leonel Perondi, diretor do Inpe, durante a abertura do XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR), que acontece até quarta-feira (29/4) no Centro de Convenções de João Pessoa, Paraíba.

O contrato na ordem de R$ 70 milhões foi firmado com o BNDES no final de 2014 e permitirá melhorias na recepção e distribuição de imagens de sensoriamento remoto. O projeto prevê ainda o aperfeiçoamento de métodos de estimativa de biomassa e de emissões, entre outras ações para o mapeamento do uso e cobertura da terra na Amazônia e modelagem de mudanças ambientais.

Um dos principais resultados do Programa Amazônia do Inpe é o PRODES, que desde 1988 produz as taxas anuais de desmatamento por corte raso na região. “Além de balizarem políticas públicas para a região, as taxas calculadas pelo PRODES são utilizadas como indicadores de referência para os compromissos brasileiros voluntários para a região, como as metas de redução do desmatamento”, disse Perondi.

No XVII SBSR, o diretor do Inpe destacou ainda o sistema DETER, que serve de suporte para os órgãos fiscalizadores, o DEGRAD, que mapeia a degradação florestal, o DETEX, feito em conjunto com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para monitorar a exploração seletiva da madeira, bem como o TerraClass, realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para classificar o uso das áreas desmatadas.

“Temos ainda o Programa Monitoramento de Queimadas e Incêndios por satélite e em tempo quase real, que verifica os focos por satélites e realiza o cálculo e previsão do risco de fogo da vegetação”, destacou Perondi. “As informações estão disponíveis na internet e entre os usuários encontram-se órgãos de governo, agências e empresas públicas e privadas, assim como a sociedade em geral”. Tais projetos e sistemas serão ampliados ou aperfeiçoados até 2017 com os recursos do BNDES.

Outra ação do projeto aprovado pelo Fundo Amazônia prevê o apoio à transferência das tecnologias de monitoramento e alerta de alterações da cobertura vegetal desenvolvidas pelo Inpe para países da região amazônica, através de acordo com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e da região da África equatorial, através de acordo com a Food and Agriculture Organization (FAO).

Fonte: Inpe

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