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Zoneamento da Amazônia Legal é apresentado no Amapá

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A Embrapa, o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA) apresentam, nesta quinta-feira, 2 de julho, em Macapá (AP), os resultados do Projeto Uniformização do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (UZEE) aos gestores públicos, técnicos e demais interessados no tema. O projeto aponta quais as áreas aptas para o plantio de espécies produtoras de energia em todos os estados da Amazônia Legal e implementa um sistema integrado de informações sobre a região. A apresentação será realizada das 8h30 às 12h, no auditório do Museu Sacaca, localizado no bairro do Trem, em Macapá (AP).

Os dados do projeto UZEE Amazônia Legal são resultados da compatibilização de legendas e mapas, cruzamento e análise de informações obtidas nos zoneamentos dos nove estados da região: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão. Como a produção de energia renovável e sustentável é um desafio global, o UZEE Amazônia Legal está indicando as espécies agroenergéticas mais adaptadas à região e as áreas aptas para o cultivo. Entre as espécies florestais identificadas está o tachi-branco, cujo sistema de produção já foi desenvolvido pela instituição de pesquisa. A intenção não é restringir as potencialidades da região, nem impor outras atividades produtivas, mas sim racionalizar o uso do território e organizá-lo em torno de premissas ambientais, econômicas e sociais que respeitem e valorizem a vocação da região.

Território – Dos 5.217.423 km² que integram a Amazônia Legal, um total de 1.740.608,4 km² foi observado pelo projeto UZEE-AML. Essa área é um recorte das áreas alteradas pela ocupação humana na região e mais o entorno, em um raio de 5km. Ela é constituída por áreas desflorestadas e áreas com cobertura florestal que têm um maior grau de vulnerabilidade. No Amapá, a área antropizada é cerca de 34 mil km², o que corresponde a aproximadamente 2% do total da área observada pelo projeto nos nove estados. Nela estão concentradas as principais atividades produtivas do estado.

Um dos resultados importantes do projeto é a proposta de criação de alguns corredores ecológicos dentro da área observada, visando a conexão de florestas remanescentes e áreas de vegetação secundária para a conservação da biodiversidade nesses locais. “A ideia é diminuir a pressão sobre as florestas primárias e em regeneração e aproveitar melhor as áreas já antropizadas utilizando sistemas de produção mais intensivos, com elevada produtividade”, completa Adriano Venturieri, coordenador do projeto e chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental (Pará).

“Com o Projeto UZEE Amazônia Legal, é possível articular todos os zoneamentos feitos para os estados da região e potencializar o uso de áreas antropizadas – já modificadas pelo homem – para a agricultura, pecuária e floresta, numa perspectiva macrorregional”, explica Venturieri. Os resultados orientam estados, municípios e até o governo federal, sobre a formulação de políticas públicas para a região.

O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) é uma ferramenta de gestão, que por meio da análise de mapas de aptidão agrícola, solos, clima e outros, indica os potenciais produtivos de regiões, estados e municípios, valorizando as caraterísticas de cada área, suas vocações e a população local. Todos os estados da Amazônia Legal possuem zoneamentos e o trabalho do grupo foi uniformizar legendas, mapas, classes de uso e cobertura da terra, entre outros atributos, nessas ferramentas, organizá-las em torno de um sistema interativo.

Sistema – O Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal – Siageo – é um dos resultados do UZEE Amazônia Legal. Trata-se de uma base de informações territoriais integradas que permite um maior conhecimento do território amazônico.

De acordo com o pesquisador João Vila, da Embrapa Informática Agropecuária, o sistema reúne dados geoespaciais produzidos nas diversas iniciativas de ZEEs da região, como mapas de gestão, solos, geologia, cobertura vegetal e uso da terra, áreas protegidas, áreas indígenas, entre outros. “Além disso, possibilita a visualização, a composição e o download de mapas georreferenciados e de informações, de acordo com o interesse e a necessidade do usuário”, explica o pesquisador. As informações contidas no Siageo serão validadas junto ao poder publico local para posterior lançamento à sociedade.

Fonte: Embrapa

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