A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), da França, promovem nesta terça-feira, 18 de agosto, o 2º Seminário sobre Monitoramento Espacial Hidrológico em Grandes Bacias. O evento acontece no Auditório Flávio Terra Barth, na sede da ANA, para apresentar os resultados técnicos do projeto de Monitoramento Espacial Hidrológico em Grandes Bacias (MEG-HIBAM). Além da hidrologia espacial, serão apresentados resultados da parceria nas áreas de qualidade de água e análise de sedimentos.
Durante a mesa de abertura, o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, falou sobre a intenção de estender a parceria da Agência com o IRD em hidrologia espacial, que já tem 13 anos. Em seu discurso na abertura do encontro, o superintendente de Gestão da Rede Hidrometeorológica da ANA, Valdemar Guimarães, apontou a importância do monitoramento para a gestão de recursos hídricos. “O monitoramento gera os dados. E sem os dados é impossível fazer a gestão”, conclui. Também participou da abertura Jean-Michel Martinez, representando o IRD no seminário.
Na primeira parte do evento, há mesas sobre técnicas de altimetria aplicada ao monitoramento de rios e sensoriamento remoto para determinação de processos sedimentares em rios e reservatórios. Na segunda parte do evento, outros três temas serão debatidos: monitoramento da qualidade da água; processamento e disponibilização de dados; e projetos de pesquisa e inovação em hidrologia espacial.
O evento deste ano dá continuidade ao evento realizado em 25 de julho de 2012, quando a ANA e o IRD apresentaram os resultados de 2009 a 2011 do Projeto Hidrologia Espacial Aplicada à Bacia Amazônica para a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e entidades parceiras, como o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Agência Espacial Brasileira (AEB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
MEG-HIBAM
Realizado de janeiro de 2009 a dezembro de 2014, o projeto MEG-HIBAM buscou usar dados de satélite para produção de informações hidrológicas. O trabalho também visou a desenvolver ferramentas para permitir o processamento de dados espaciais por usuários ou de modo automatizado.
Durante a parceria, os técnicos do IRD transferiram conhecimentos para a ANA em duas técnicas: monitoramento de parâmetros de qualidade das águas por imagens de satélite MODIS e altimetria para o monitoramento do nível dos rios e lagos. Estas técnicas foram aplicadas de forma integrada com as redes convencionais de monitoramento já utilizadas pela Agência na Rede Hidrometeorológica Nacional, que possui mais de 4,5 mil estações pelo Brasil.