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Inpe conclui suporte à missão astronômica indiana

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O Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) prestou suporte em rastreio, telemetria e telecomando durante os oito primeiros dias em órbita da missão ASTROSAT, lançada em 28 de setembro da base de Sriharikota, da Organização Indiana de Pesquisas Espaciais (ISRO).

O satélite ASTROSAT é destinado à observação astronômica para estudos de fontes cósmicas e fornecerá informações à comunidade científica indiana e global. A missão também tem como objetivo estimular jovens pesquisadores da Índia nas áreas de Astronomia e Astrofísica.

Devido à localização próxima ao Equador de sua estação de Alcântara (MA), o CRC/INPE foi convidado pela Rede de Telemetria, Rastreio e Comando (ISTRAC) da ISRO para dar suporte ao ASTROSAT, durante suas órbitas iniciais.

“A localização da Estação Terrena de Alcântara (apenas 2 graus de latitude sul) é privilegiada com relação ao rastreio do ASTROSAT, pois a baixa inclinação de sua órbita (6 graus) faz com que todos os seus 14 ciclos orbitais diários possuam um trecho visível à antena da estação de Alcântara. Isto faz com que ela seja muito adequada para o fornecimento de suporte de rastreio, telemetria e telecomando ao satélite”, explica Valcir Orlando, chefe do CRC/INPE.

A Estação Terrena de Alcântara integrou a rede indiana formada para apoiar as operações de solo do ASTROSAT, durante a crítica fase de lançamento e órbitas iniciais deste satélite. Para isso, foi estabelecida uma ligação de telecomunicações entre a Estação Terrena de Alcântara e o centro de controle de satélites indiano, em Bangalore, tornando o centro daquele país apto a usar a instalação brasileira como uma de suas próprias estações.

“A estação do INPE foi usada para a recepção de telemetria com informações sobre o estado de funcionamento do satélite, o envio de telecomandos ao veículo espacial e o comando da execução de medidas de localização, usadas em solo para o processo determinação da órbita da espaçonave”, detalha Valcir.

Segundo o chefe do CRC/INPE, a integração da Estação Terrena de Alcântara à rede de estações de apoio ao ASTROSAT envolveu o estabelecimento de linhas de telecomunicações, a execução do rastreio do satélite e o monitoramento do estado de funcionamento dos equipamentos e das conexões. As atividades de controle do satélite (telemetria, telecomando e medidas de localização) foram efetuadas diretamente do centro de controle de satélites indiano por meio de conexões de telecomunicações.

“A prestação de suporte do CRC ao satélite indiano foi coroada com pleno sucesso, tanto durante a participação em ensaios simulados, com a integração real da Estação Terrena de Alcântara à rede de estações de rastreio da ISTRAC, quanto durante o fornecimento do suporte ao ASTROSAT, propriamente dito”, informa Valcir.

A execução do projeto demonstrou mais uma vez a competência técnica do INPE e reafirmou a capacitação do CRC em dar suporte confiável a missões estrangeiras de características variadas. Permitiu ainda a realização de importante revisão tecnológica na infraestrutura do CRC/INPE, com consequente aprimoramento da adequação aos padrões internacionais. Também proporcionou importantes ganhos em termos de conhecimento técnico e experiência pelo pessoal envolvido do CRC, não só da Estação Terrena de Alcântara como também da Estação Terrena de Cuiabá e do Centro de Controle de Satélites, em São José dos Campos.

Além de prestar suporte a missões espaciais de terceiros, o Centro de Rastreio e Controle (CRC) realiza a operação em órbita dos satélites desenvolvidos pelo próprio INPE ou em cooperação com instituições estrangeiras. Mais informações sobre o CRC na página www.inpe.br/crc.

Fonte: Inpe

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