Desenvolvido pela equipe de engenharia de nanossatélites do Centro Regional do Nordeste (CRN) do Inpe, em Natal (RN), o transponder foi entregue aos representantes da equipe do Itasat no Laboratório de Integração e Testes (LIT), em São José dos Campos (SP), na quinta-feira (1°).
A bordo do Itasat, o transponder DCS (sigla em inglês para subsistema de coleta de dados) será uma carga útil tecnológica cujo objetivo é sua qualificação em voo.
“A qualificação em voo é essencial no desenvolvimento de novas tecnologias espaciais. Em particular, o primeiro voo do novo DCS será um marco importante na missão de modernizar o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA)”, diz Fátima Mattiello, coordenadora de Ciência, Tecnologia e Inovação nos Centros Regionais do Inpe e membro do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Instituto.
O transponder digital poderá ser utilizado nos nanossatélites, em desenvolvimento no CRN, para o SBCDA, que hoje opera com o satélite Cbers-4, lançado em dezembro 2014, e ainda com os satélites de Coleta de Dados (SCD-1) e SCD-2, lançados na década de 1990.
Os satélites do SBCDA retransmitem informações de centenas de plataformas de coletas de dados (PCDs) instaladas por todo o país e alimentam o Sistema Nacional de Dados Ambientais (Sinda), operado pelo CRN. Os dados do Sinda são usados por instituições governamentais e do setor privado que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas, como previsão meteorológica e climática, estudo da química da atmosfera, controle da poluição e avaliação do potencial de energias renováveis.
Fonte: AEB