Uma primeira parte do material chegou ao CLA na segunda-feira (19) a bordo de uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB). Parte das equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) envolvidas na operação também chega hoje ao Centro.
O Sara é um projeto de cápsula para realização, a baixo custo, de experimentos no espaço. Na sua versão final, uma unidade poderá ser recuperada e reutilizada várias vezes com experimentos diferentes. O projeto compreende o desenvolvimento de uma plataforma espacial para experimentos em ambiente de microgravidade destinada a operar em órbita baixa, circular, a 300 km de altitude, por um período máximo de 10 dias e está previsto para ser executado em quatro fases, sendo duas suborbitais e duas orbitais.
A primeira fase compreende a obtenção das informações dinâmicas do módulo do Sara Suborbital durante o voo suborbital e a reentrada em voo de curta duração a bordo do veículo VS-40M. Neste veículo, o segundo estágio é inerte para diminuir a distância até a área de impacto e otimizar as atividades de resgate no mar.
Na segunda etapa há a obtenção de informações dinâmicas adicionais durante o voo suborbital e reentrada do Sara Suborbital 2, ao qual serão incorporados melhoramentos em relação ao Sara Suborbital. Este engenho será lançado a bordo de um foguete VS-40M, com os dois estágios funcionais.
As fases três e quatro compreendem o lançamento do Sara Orbital para coleta de informações e dados oriundos de ambiente espacial relevante. Dependendo das análises futuras poderão ser utilizados o Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) ou o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) para estas missões.
Lançamento – Os subsistemas do Sara Suborbital serão verificados em um voo suborbital programado para a segunda semana de novembro próximo, em campanha denominada Operação São Lourenço. Esse artefato pesa cerca de 350 kg e será lançado a bordo de um VS-40M, a partir do CLA, com a finalidade de realizar testes de curta duração (cerca de oito minutos) e verificação dos subsistemas.
Ele tem dimensões de 1000 mm de diâmetro na base e 1800 mm de altura (eixo principal), massa de 290 kg, sistema de controle de rotação a gás frio, coifa com proteção térmica para a reentrada atmosférica, estrutura interna em fibra de carbono, além de uma complexa rede elétrica que mantém seu funcionamento em toda a missão.
Nesse primeiro voo serão realizados testes funcionais do módulo propriamente dito e de dois protótipos que estão embarcados, sendo um GPS desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e uma unidade de medidas inerciais desenvolvida no IAE.
Fonte: Aeb