O mapeamento da Planície Inundável do Rio dos Sinos foi aprovado nesta tarde, em plenária do Comitesinos (Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos). A votação aconteceu na Unisinos e teve 26 votos a favor e 4 contra. O mapeamento é uma das ações do projeto VerdeSinos, encabeçado pelo Comitê formado por diversas entidades representantes dos produtores rurais, dos associações de moradores, do poder público e de ongs ambientais, além das universidades Unisinos, Feevale e Ufrgs.
Com a aprovação, o mapa será encaminhado ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH), onde, se ratificada, ganhará força de lei. Neste caso, os municípios da região do Sinos terão de levar o mapa em consideração em seus Planos Diretores.
Os estudos foram coordenados pelo pesquisador do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, Carlos André Bulhões Mendes. O principal objetivo é evitar construções em áreas inundáveis do Rio dos Sinos. Já existem projetos para constução de condomínios residenciais em terrenos inundáveis entre Canoas e Esteio. Além dos riscos oferecidos aos moradores destas áreas, as construções podem impactar os município vizinhos.
Através de mediação do Ministério Público Estadual e Federal, o Comitê firmou convênio com a Caixa Econômica Federal, que se comprometeu em não oferecer financiamento para construções realizadas nestas áreas.
O supervisor regional da Emater/RS, Nelson Baldasso, defendeu a importância das áreas verdes nos bordos dos rios e o uso das áreas alagáveis para a produção de alimentos. Ele frizou o prejuízo dos moradores que investem em um imóvel em uma área inundável e os custos que o poder público tem q cada nova cheia.
“Nos interessa não destruir essas áreas e mantê-las para a agricultura ou pastagens. Se esta água cair no calçamento, ela volta para o rio. Com os espaços verdes, ela infiltra e se mantem o ciclo da água”, afirmou o supervisor. Segundo Baldasso, a planície de inundação do Rio dos Sinos apresenta uma produção bastante diversificada com destaque para a pecuária, o plantio de arroz e a produção de hortaliças.
Fonte: Jornal Já