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Especialistas aprovam continuidade do projeto do satélite Cbers – 4A

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Especialistas brasileiros e chineses concluíram em reunião de trabalho realizada no mês passado em São José dos Campos (SP), que o projeto do satélite Cbers-4A deve avançar para a fase de fabricação dos modelos de voo de seus subsistemas e equipamentos. A previsão de lançamento do satélite sino-brasileiro é dezembro de 2018.

Na Revisão Crítica de Projeto (CDR), uma banca formada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Agência Espacial Brasileira (AEB) avaliou se o projeto do satélite é apropriado para cumprir os requisitos estabelecidos para a missão Cbers-4A.

“Alguns itens de ação foram propostos pela banca revisora e serão respondidos pelas equipes técnicas do Inpe da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast). A conclusão é que não há impedimentos técnicos e o projeto pode prosseguir para a próxima fase (Fase D)”, informa Antonio Carlos de Oliveira Pereira Junior, engenheiro do Inpe que coordena o Segmento Espacial do Programa Cbers.

Câmeras – O Cbers-4A levará a bordo três câmeras, sendo uma chinesa e duas brasileiras. A câmera Multiespectral e Pancromática de Ampla Varredura (WPM) é desenvolvida pela China para obter imagens com resolução espacial de 2m na banda pancromática e de 8m nas bandas multiespectrais, com largura de faixa imageadora de 92 km.

As câmeras brasileiras serão réplicas da WFI e da MUX que estão a bordo do Cbers-4, lançado em dezembro de 2014. “Equipamentos e peças remanescentes dos Cbers-3 e 4 serão utilizados no Cbers-4A, mas precisamos contratar na indústria partes do satélite com base no projeto dos anteriores”, explica Pereira Junior.

No Cbers-4A, a câmera WFI terá resolução espacial de 55m, com largura de faixa imageadora de 684 km, enquanto a câmera MUX terá capacidade de prover imagens com resolução espacial de 16m, com largura de faixa imageadora de 95 km.

As imagens obtidas com a MUX a bordo do Cbers-4 já estão disponíveis aos usuários no catálogo online do Inpe. Com o Cbers-4A, o Brasil garante a continuidade do fornecimento de imagens para monitorar o meio ambiente, verificar desmatamentos, desastres naturais, a expansão da agricultura e das cidades, entre outras aplicações.

A MUX, primeira câmera para satélite totalmente nacional, é um dos projetos espaciais mais sofisticados realizados no país. Assim como os demais equipamentos, partes e componentes do satélite que couberam ao Brasil na parceria sino-brasileira, a câmera foi desenvolvida pelo Inpe por meio de contratos com a indústria nacional.

O Cbers-4A é o sexto satélite do Programa. Mais informações: www.cbers.inpe.br

Fonte: Inpe

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