O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizou o Mapa da Cobertura e Uso da Terra do Mato Grosso, em formato digital vetorial (shape), para a escala de referência de 1:250.000 (1cm= 2.500m). O produto, que pode ser acessado aqui, é resultado da interpretação de imagens de satélite de 2014 com 25m e 30m de resolução, com apoio de levantamentos de campo, complementados por informações estatísticas e textuais. Trata-se do detalhamento das informações do mapa publicado em junho de 2015, que foi divulgado em formato pdf e na escala 1:1.800.000 (1cm=18.000m).
Este trabalho é um dos resultados do Mapeamento Sistemático de Cobertura e Uso da Terra por unidades da federação, implementado pelo IBGE. As informações contidas no mapa retratam a dinâmica do uso da terra e são fundamentais para o planejamento e a gestão do território. Trata-se de um importante instrumento de apoio às análises de avaliação de impactos sobre os recursos naturais, detectando os processos de transformação e permitindo, inclusive, a avaliação de conflitos socioambientais. O formato digital vetorial deste mapa é mais voltado para especialistas, uma vez que permite a manipulação de informações em qualquer ambiente que suporte arquivos vetoriais.
Observa-se no mapeamento que, em mais de 40% do estado de Mato Grosso, ainda domina a atividade Pecuária com animais de grande porte e o rebanho direcionado para corte. Este tipo de atividade espacialmente encontra-se representada no sul do estado, no nordeste, na região do Araguaia e no norte entre as regiões de Alta Floresta e Nova Bandeirantes.
A produção de grãos e fibras apresenta maior concentração na região centro-norte do estado, especialmente nos municípios de Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, e na região centro-sul, onde os municípios de Campo Verde e Primavera do Leste se destacam como grandes produtores. Por todo estado a atividade é encontrada em diferentes graus de intensidade e, em algumas áreas, está associada a outras atividades, tais como a pecuária de animais de grande porte, ou associada a outras culturas, neste caso com menor expressão espacial e dispersa por todo estado. Sua principal característica é a utilização de modernas práticas agrícolas, como a irrigação e a utilização de espécies adaptadas, o que vem proporcionando o aumento crescente de produtividade.
A atividade extrativa vegetal ainda domina no noroeste do estado e no norte, onde ocorre maior concentração de áreas florestais.
Fonte: IBGE