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Modelo japonês contribui para estratégia brasileira de alerta de desastres naturais

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Em visita ao Japão, pesquisadores do Cemaden conheceram a experiência dos asiáticos em prevenção e resposta a eventos extremos. Ação centralizada no governo federal facilita a emissão de alertas, avaliam os cientistas brasileiros

Pesquisadores do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) foram ao Japão para conhecer a estratégia de prevenção e resposta a eventos extremos desenvolvida pelos asiáticos. A visita faz parte do acordo de cooperação técnica firmado entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, na sigla em inglês). O modelo japonês pode ajudar o Brasil a aprimorar o seu manual de alertas.

Para o tecnologista Celso Graminha, uma das principais contribuições da experiência japonesa é a centralização da emissão dos alertas no governo federal. Segundo ele, esta ação simplifica o fluxo de informações e facilita a resposta aos avisos.

“Eles têm uma dinâmica de que o governo central é quem dá o alerta para as cidades e estados. Hoje, no Brasil, são vários alertas diferentes, e esse é um complicador, porque são muitas informações simultâneas para gerir. Nós pretendemos ter um padrão único em todo o país. Isso é muito importante, e o Japão tem muito a nos ensinar nessa área”, afirmou Graminha.

O acordo com o Japão para a troca de informações faz parte do Projeto de Fortalecimento das Estratégias Nacionais para a Gestão Integrada em Riscos e Desastres Naturais (Gides). Na visita, os pesquisadores brasileiros participaram de treinamentos nas agências de monitoramento Fire and Disaster Management (FDMA) e Japan Meteorological Agency (JMA).

No Brasil, o Cemaden trabalha no Manual de Monitoramento e Alertas e no novo Protocolo de Transmissão de Alertas, que estão sendo aplicados em Nova Friburgo e Petrópolis, no Rio de Janeiro, e em Blumenau (SC), cidades-piloto que integram o Projeto Gides. O objetivo é aprimorar as emissões de alertas de risco de deslizamentos, com um planejamento de ações junto às comunidades vulneráveis.

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