Recentemente a Rússia anunciou que agora é obrigatório o uso do sistema de navegação por satélites Glonass. Empresas do setor automotivo não gostaram da decisão
Desde o dia 1º de janeiro passado, entrou em vigor uma lei que obriga todos os carros registrados na Rússia a possuírem o sistema de posicionamento global Glonass.
Isso demonstra o grande interesse dos russos de acelerarem a independência em relação ao sistema norte-americano GPS.
Em carros de passageiros, o sistema russo, informará automaticamente sobre a ocorrência de acidentes rodoviários, o que deverá facilitar muito o trabalho dos policiais no local do acidente. O sistema compartilha o local, a hora e a velocidade exatos no momento de qualquer acidente.
De acordo com a nova alteração à lei, todos os carros que estão sendo fornecidos à Rússia devem ser equipados com o sistema.
Por outro lado, uma série de marcas de montadoras ameaçou sair do mercado russo por esta razão, argumentando que a decisão gera altos custos de realizar testes do sistema em grande número de veículos.
Mesmo assim, a lei acabou sendo aprovada e já está em vigor.
Integração com sistema chinês
Recentemente, Rússia e China conseguiram um progresso significativo na sincronização dos sistemas de navegação Glonass e Beidou.
Segundo o comunicado oficial, há um grande interesse por parte dos parceiros em diferentes campos: desenvolvimento conjunto de veículos de lançamento, programas espaciais tripulados, realização de experiências em órbita baixa, entre outras.
Em maio de 2015, a China e a Rússia assinaram o acordo de cooperação para interoperabilidade e compatibilidade entre os sistemas Beidou e Glonass, marcando uma nova etapa de cooperação entre os dois países na área de navegação e posicionamento preciso com satélites.
O projeto Glonass, lançado em 1993, é operado pelas Forças Aeroespaciais russas e é composto por 27 satélites, dos quais 24 estão operacionais, oferecendo posicionamento em todo o globo. Já o Beidou está em fase de desenvolvimento e fornece serviços de navegação somente na China e nas regiões vizinhas.
Com informações do site Sputnick