O Exército Brasileiro (EB), por intermédio da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), vem cumprindo, há mais de um século, a sua atribuição legal de produzir o conhecimento do território nacional em prol do desenvolvimento da sociedade brasileira, mantendo uma atuação contínua na modernização de seus meios frente aos imensos avanços tecnológicos ocorridos ao longo dos anos.
Um importante marco desse processo foi a criação, em 1987, do Centro de Cartografia Automatizada do Exército (CCAuEx), na cidade de Brasília-DF, onde teve início a primeira grande mudança de paradigma nas atividades de mapeamento topográfico realizadas da DSG, com a substituição dos procedimentos da cartografia tradicional analógica pelos oferecidos pela cartografia automatizada digital.
A segunda grande mudança ocorreu em 2004, com a criação do Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército (CIGEx), em substituição ao CCAuEx, com duas finalidades principais: consolidar a migração da linha de produção cartográfica digital da DSG apoiada por sistemas CAD (Computer Aided Design) para sistemas de informações geográficas (SIG); e o desenvolvimento do Banco de Dados Geográficos do Exército (BDGEx), nó do EB na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE).
Devido à abrangência do termo “geoinformação” foi possível ampliar a oferta de novos dados e produtos decorrentes dos trabalhos técnicos relacionados a geração da representação topográfica digital do terreno, a qual agora não mais se encontra restrita a documentos cartográficos contendo somente algum tipo de representação de símbolos e convenções. Permitindo desta forma a disponibilidade de dados e produtos geoespaciais digitais vetoriais e matriciais, que se revestem de relevância fundamental para aplicações em ambientes computacionais.
Nesse contexto, o EB deu início ao seu processo de transformação, atribuindo grande importância à evolução das geotecnologias, as quais tem a capacidade de influir decisivamente no combate na Era do Conhecimento. Em função da dimensão do tema e devido ao aumento da demanda dos usuários por geoinformação digital confiável, para uso nos sistemas de informações geográficas, de comando e controle, de simulação, de apoio de fogo e de monitoramento, dentre outros, foi necessário desenvolver uma nova doutrina de emprego para este tipo de dado.
Sendo assim, no ano de 2014 foi publicado o Manual de Campanha de Geoinformação (disponível em http://www.geoportal.eb.mil.br/images/PDF/EB20-MC-10.209.pdf), com o propósito de difundir e ampliar no âmbito do EB os fundamentos, produtos, potencialidades e conhecimentos relacionados ao uso da geoinformação digital nas atividades desenvolvidas pela Força Terrestre (operacionais, logísticas e administrativas).
Os fundamentos preconizados nessa nova doutrina demandarão uma série de mudanças na estrutura e nos processos internos das Organizações Militares (OM) do EB, impactando, inclusive, a própria DSG, que tem a responsabilidade de produzir e disseminar a geoinformação básica, que abrange a representação digital das feições encontradas nas cartas topográficas tradicionais, para todos os usuários do EB. Nesse sentido, considerando que os processos de produção da geoinformação nas OM da DSG são padronizados e que a denominação dos mesmos encontra-se discrepante e anacrônica, face a nova realidade das geotecnologias, foram alterados, no final de 2016, seus respectivos nomes, conforme descrito na tabela abaixo:
Denominação Antiga |
Abreviatura antiga |
Nova Denominação |
Nova abreviatura |
Sede |
1a Divisão de Levantamento |
1ª DL |
1o Centro de Geoinformação |
1º CGEO |
Porto Alegre-RS |
Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército |
CIGEX |
2o Centro de Geoinformação |
2º CGEO |
Brasília-DF |
3a Divisão de Levantamento |
3ª DL |
3o Centro de Geoinformação |
3º CGEO |
Olinda-PE |
4a Divisão de Levantamento |
4ª DL |
4o Centro de Geoinformação |
4º CGEO |
Manaus-AM |
5a Divisão de Levantamento |
5ª DL |
5o Centro de Geoinformação |
5º CGEO |
Rio de Janeiro-RJ |
Essas adaptações fazem parte do esforço permanente da DSG para construção de uma base de dados e conhecimento geográfico para o EB e para a sociedade, na tentativa de acompanhar a vertiginosa evolução ocorrida nas últimas duas décadas na área de geotecnologias e que hoje fornecem suporte a uma ampla variedade de aplicações humanas.
Fonte: DSG
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