Baseado no conceito de Internet das Coisas, programa do Programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação prevê a integração das ações de rastreamento do governo. Entenda
Doze ministérios trabalham na criação de um sistema de gestão integrado de identificação, planejamento e controle por meio do rastreamento de produtos, bens, valores, veículos e mercadorias. “A proposta está alinhada às ações do governo, especialmente ao Plano Nacional de Internet das Coisas“, destacou o secretário de Política de Informática do MCTIC.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), começou a elaborar um programa para integrar todas as ações de rastreamento de produtos, bens, valores, veículos e mercadorias do governo federal. O programa RAStro vai envolver 12 ministérios, sob coordenação do MCTIC, e contará com o apoio tecnológico do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). O projeto foi apresentado durante reunião entre o secretário de Política de Informática, Maximiliano Martinhão, o diretor da Finep Ronaldo Camargo e o presidente do Ceitec, Paulo de Tarso Luna.
O objetivo é criar um sistema de gestão integrado de identificação, planejamento e controle por meio do rastreamento. As aplicações abrangem áreas como transporte, logística, saúde e segurança. “A proposta está alinhada às ações do governo, especialmente ao Plano Nacional de Internet das Coisas”, destacou Maximiliano Martinhão.
Ele ressaltou que a mobilidade faz parte do tema Cidades, uma das prioridades do Plano Nacional IoT, que está sendo elaborado pelo MCTIC. Entre os benefícios previstos, o programa poderá reduzir custos com atividades de logística; aperfeiçoar o controle do trânsito e de mercadorias nas fronteiras e rodovias do país; integrar sistemas de segurança pública e incrementar a arrecadação tributária. “Não temos dúvidas de que se trata de um campo estratégico”, acrescentou.
Para o diretor da Finep, a iniciativa vai envolver diversos ministérios para expandir os sistemas de rastreamento já implantados pelo governo federal, além de incluir a iniciativa privada. A Finep atuará como agente financeiro do programa, desenvolvendo modelos de financiamento às empresas privadas e órgãos públicos envolvidos. Nos próximos meses, a proposta inicial será avaliada e aprimorada em reuniões com representantes dos diversos ministérios, da Finep e do Ceitec.
Segundo o coordenador de Microeletrônica da Secretaria de Política de Informática, Henrique Miguel, o Programa RAStro será uma ampliação de sistemas de rastreamento já em funcionamento. Como exemplo, ele cita o Brasil-ID – Sistema de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias, que se baseia no emprego da tecnologia de Identificação por Radiofreqüência (RFID). O projeto foi implantado em 2009, numa parceria do MCTIC, Receita Federal e secretarias estaduais de Fazenda.
Henrique Miguel reforçou que o rastreamento permite a coleta de informações importantes, que podem ter diversos usos para melhorar a oferta de serviços à sociedade. Outro fator importante é o estímulo ao desenvolvimento de tecnologias dentro do país. “A rastreabilidade é feita por meio de chips, que carregam informações sensíveis. É importante ter um mercado que permita desenvolver e fabricar componentes com tecnologia nacional, que garanta interoperabilidade e segurança.”