Por Arthur Paiva
No artigo desta semana, listarei as 4 etapas mais importantes para se utilizar a análise geográfica na modelagem decisória.
O objetivo aqui é que você entenda a importância de utilizar variáveis geográficas para tomada de decisão.
Caso alguns termos utilizados aqui fiquem muito técnicos, convido você acessar nosso glossário de Geotecnologias: http://conteudo.geoeduc.com/glossario-geotecnologias
Mas vamos lá! Começo o artigo com uma pergunta: você sabia que a tomada de decisão é uma tarefa permanente e imprescindível que influencia a maioria das operações de determinada companhia?
Pois é! Em nível estratégico e empresarial, a implementação de modelos multicritérios já se configura uma realidade de modelagem decisória, exigindo a presença de uma gama de profissionais relacionados ao evento em questão.
ETAPAS DA GEOMODELAGEM DECISÓRIA
Parece confuso, não? De uma forma mais simples e resumida, a prática de análise geográfica para a modelagem decisória é composta de 4 etapas:
1) IDENTIFICAÇÃO DO EVENTO
Consiste em investigar a contextualização geográfica do evento, suas razões e sua influência com variáveis diversas. Nesta etapa, são elencadas as hipóteses de ocorrência do evento, devendo respeitar um conjunto de restrições que definem a viabilidade.
Assim, deve-se estabelecer qual a finalidade da modelagem uma vez que um modelo economicamente viável, não necessariamente é ambientalmente factível.
2) SELEÇÃO DE PARÂMETROS
Nesta segunda etapa, surge o aspecto da interdisciplinaridade do caso em estudo. Um conjunto de especialistas discutem sobre os parâmetros (variáveis) relevantes na modelagem do evento.
No âmbito do Sistema de Informação Geográfica (SIG), esses parâmetros são padronizados a uma mesma escala de detalhamento e referenciados a um mesmo sistema de coordenadas.
Tudo isso para a garantia da consistência geográfica e dimensional das áreas a serem resultadas do modelo.
3) ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS
O método decisório exige a escolha de uma técnica de análise de alternativas. Em ambiente SIG, a técnica AHP (Analytic Hierarchy Process em inglês) surge como a forma mais intuitiva e simples de análise dos critérios.
Além desta, há técnicas de escala de pontos e ordenação de critérios que serão exemplificados.
4) EFICÁCIA DA DECISÃO
Por fim, a eficácia da decisão prescinde de duas ações: a validação em campo e a compatibilização com os indicadores relacionados.
Como exemplo, na modelagem de áreas suscetíveis à deslizamentos, sempre é adequado visitar as áreas de risco apontadas pelo modelo para corroborar a modelagem realizada. Isso garante a confiabilidade do modelo. Conseguiu entender a importância?
APRENDENDO NA PRÁTICA…
Ficou interessado em aprender a utilizar estes conceitos na prática? Convido você a participar do nosso WebTreinamento sobre Análise Multicritério de apoio à decisão com o software livre QGIS.
Neste treinamento será aplicada a técnica AHP por ser mais utilizada e intuitiva dentro de contextos ambientais. Vamos seguir as 4 etapas especificadas acima e confeccionar um mapa final, a fim de comunicar o risco geograficamente modelado.
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Fonte: GEOeduc