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Incra valida levantamentos com Drones para Georreferenciamento

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Uso de Veículos Aéreos Não Tripulados oferece qualidade e precisão de dados

Servidores do Incra em Minas Gerais habilitados a operar Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) finalizam na sexta-feira (17) o aerolevantamento topográfico do assentamento Jacaré Grande, localizado no município mineiro de Janaúba. O trabalho é o primeiro no estado executado com esse tipo de tecnologia, agilizando a elaboração de peças técnicas para a titulação dos lotes.

Enquanto dois servidores realizaram o aerolevantamento em campo durante a semana, outra parte da equipe verificou os primeiros dados apurados. O voo inaugural ocorreu no dia 26 de outubro, percorrendo 780 hectares – a área total do assentamento é 11,1 mil hectares, divididos em 200 lotes. O processamento das informações iniciais foi concluído na última semana, servindo de orientação para as próximas atividades.

De acordo com o chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra/MG, Marcelo José Pereira da Cunha, que também coordena o grupo nacional dos Veículos Aéreos Não Tripulados, a primeira remessa de imagens analisadas permite constatar a qualidade da acurácia posicional, ou seja, “comprova a exatidão das coordenadas extraídas pelo VANT”.

Em solo foram determinados 20 pontos de checagem, que são os parâmetros para a verificação do grau de precisão alcançado após o processamento das imagens. A média geral de precisão foi de 13,8 centímetros. “A melhor precisão exigida pela norma técnica do Incra é de 50 cm e o padrão mais restritivo de exatidão cartográfica de produtos digitais no Brasil é 28 cm. Tudo o que medimos sobre o mosaico de fotografias temos uma incerteza de apenas 13,8 cm, demonstrando a qualidade da tecnologia que começamos a utilizar”, acrescenta Cunha.

Na primeira etapa, foram produzidas 1.186 imagens de alta resolução, com as respectivas coordenadas geográficas e mapeamento detalhado de parte do assentamento. Foi possível identificar as cercas e os limites dos lotes, plantações, lavouras, criações de animais, casas, currais, linhas de energia elétrica e até a marca dos córregos secos devido à estiagem.

O material possibilita a confecção da planta e do memorial descritivo das parcelas, que serão certificados pelo Sistema de Gestão Fundiária do Incra (Sigef). Os documentos são requisitos básicos para a emissão dos títulos definitivos de domínio da terra, uma vez que precisam ser registrados em cartório.

Agilidade

Os serviços de aerolevantamento foram feitos com o modelo Echar 20C, um dos três veículos dessa natureza adquiridos pelo Incra (há mais um da mesma categoria e outro de porte maior, o Nauru 500B, que está em operação em Goiás).

O Echar 20C tem autonomia de duas horas e meia de voo e cobertura de 1,5 mil hectares. “Agiliza consideravelmente nossas ações. Se tivéssemos que tirar cada ponto de divisa manualmente com GPS, levaríamos entre três e quatro meses para fazer o trabalho de campo. Agora, fizemos em 15 dias. Ainda, se fôssemos licitar o parcelamento da área, gastaríamos cerca de R$ 180 mil. Com o VANT há apenas o custo de R$ 10 mil para deslocamento e diárias de dois ou três servidores, então, economizamos recursos financeiros e tempo”, avalia Cunha.

Para o superintendente regional do Incra/MG, Robson de Oliveira Fonzar, a modernização traz resultados mais rápidos à sociedade, pois adianta a produção de elementos técnicos fundamentais à regularização fundiária. “A incorporação de Veículos Aéreos Não Tripulados acelera os serviços de georreferenciamento. Antecipamos em dias o que levaríamos meses para fazer e isso se reflete no melhor atendimento aos assentados. Em um tempo muito menor, conseguimos elaborar mapas e documentos necessários à titulação e à segurança jurídica das famílias que estão naquela terra”, considera.

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