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Inpe lança novo portal de dados e mapas sobre desmatamento

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Instituto anuncia atualização no portal de dados e mapas sobre desmatamento e facilita o acesso ao Prodes

Durante a 23ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP23) em Bonn, na Alemanha, o Brasil apresentou um novo portal de divulgação dos dados de desmatamento na Amazônia Legal.

A ferramenta inovadora foi produzida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável pelo Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (PRODES), entre outros sistemas destinados ao mapeamento por satélites dos biomas brasileiros.

A transparência e a consistência da metodologia do PRODES são reconhecidas internacionalmente. Desde 1988, o INPE utiliza este sistema para calcular e divulgar anualmente a taxa de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal Brasileira. Com isso, o projeto apresenta uma série histórica coerente que norteia vários estudos científicos e políticas públicas, produzindo informação para toda a sociedade interessada na sustentabilidade da Amazônia Legal Brasileira.

No novo portal os usuários poderão acompanhar os dados do desmatamento de maneira mais moderna e amigável. Foi construído um “dashboard”, ou seja, um painel interativo de visualização dos dados, onde os usuários podem interagir com diversos gráficos que mostram os aspectos chave para analisar a taxa de desmatamento em toda a área observada ou filtrados por municípios, estados, unidades de conservação etc. O usuário ainda tem a possibilidade de obter os dados em formatos comuns, permitindo a construção de seus próprios gráficos e análises.

“Com essa nova forma de apresentação acreditamos que os gestores, como prefeitos e governadores, além de jornalistas, estudantes, pesquisadores e a população em geral, ganham acesso aos dados de seu interesse compilados, atualizados e apresentados de maneira mais fácil, diretamente no ambiente da Web”, diz Dalton Valeriano, coordenador do Programa Amazônia do INPE.

Além do painel com os dados da taxa de desmatamento, a forma de apresentação dos mapas anuais também foi modernizada. A nova área de visualização dos mapas é baseada na tecnologia de serviços web geográficos, que utilizam protocolos padrões para apresentação de dados, como é o caso dos mapas de desmatamento. Isso permite uma maior interação do usuário com a área de visualização dos mapas.

Outro aspecto interessante é que essa tecnologia permite que os mapas possam ser acessados diretamente em outras aplicações, no próprio ambiente web ou em sistemas de informação geográfica disponíveis. Ou seja, os dados são interoperáveis entre aplicações. “Servir os dados do PRODES via serviços web geográficos é uma importante contribuição do INPE para a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE)”, afirma Lúbia Vinhas, chefe da Divisão de Processamento de Imagens do INPE.

A INDE é uma iniciativa do Governo Brasileiro que tem como recomendação e diretriz que os dados geográficos produzidos por instituições públicas devam ser publicados de forma aberta e segundo princípios de interoperabilidade.

“Para essa nova forma de disponibilizar os dados do PRODES, adequamos um conjunto de tecnologias abertas para a construção de portais geográficos, inserindo algumas novas funcionalidades e modificando outras, construindo uma plataforma de disseminação que chamamos de TerraBrasilis”, explica Karine Ferreira, tecnologista do INPE e responsável pela parte tecnológica da modernização do portal.

Para a coordenadora de Observação da Terra do INPE, Leila Fonseca, o TerraBrasilis é mais um exemplo de produtos com inovação tecnológica desenvolvidos no Instituto para aperfeiçoar seus próprios projetos e, também, responder a demandas da sociedade.

“Essa plataforma de disseminação de informação integra o trabalho de três divisões: Processamento de Imagens, Geração de Imagens e Sensoriamento Remoto. Recebemos e catalogamos imagens de observação da Terra, desenvolvemos pesquisa e tecnologia em sensoriamento remoto e geoinformática e entregamos produtos operacionais de grande valia para a sociedade brasileira”, conclui a coordenadora de Observação da Terra.

Com informações do Inpe

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