Trabalho inédito envolve várias Unidades de Pesquisa da Embrapa, universidades, institutos e empresas de pesquisa e agências especializadas para realização do levantamento e mapeamento de solos no País
Dezembro de 2017 será um mês histórico para o conhecimento sobre solos no Brasil. No dia 5 deste mês, Dia Mundial do Solo, foi lançado o Programa Nacional de Solos do Brasil, o PronaSolos, um dos maiores empreendimentos técnico-científicos na área.
Na ocasião, sob a liderança da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 20 instituições brasileiras assinaram – em Brasília, na Sede da Empresa – um protocolo de intenções para realização de levantamento e mapeamento de solos no País.
No dia 14, o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, assinou o decreto que criou oficialmente o PronaSolos.
O trabalho, inédito, liderado pela Embrapa Solos, envolve várias Unidades de Pesquisa da Embrapa, universidades, institutos e empresas de pesquisa e agências especializadas.
“Não se faz um trabalho dessa magnitude sem parceria muito consolidada, por isso envolve atores de extrema importância, o que torna o programa maduro desde seu início e com condições de alcançar grandes resultados. O solo sustenta a vida em nosso planeta e deve ser muito bem cuidado”, ressalta Maurício Antonio Lopes, presidente da Embrapa.
O objetivo é mapear 1,3 milhão de quilômetros quadrados nos primeiros dez anos e 6,9 milhões de quilômetros quadrados em 30 anos.
Devido à dimensão continental do País, o PronaSolos terá longa duração, sendo previsto para ser realizado em três etapas: de curto (0 a 4 anos), médio (4 a 10 anos) e longo prazos (10 a 30 anos), com metas de trabalho distintas. Na primeira fase, serão estudados solos em áreas prioritárias, escolhidas pelas instituições participantes em cada estado, e realizado levantamento de solos e as interpretações associadas para cerca de 430 mil quilômetros quadrados.
“O solo, juntamente com a água, é o componente mais importante da produção e, a depender da forma como o tratamos, construiremos ou não um desenvolvimento em bases duradouras. É preciso conhecer melhor nossos solos para otimizar a aplicação de práticas agronômicas sustentáveis, bem como para executar planejamento de uso das terras por meio de zoneamentos, subsidiando as políticas públicas” com mais precisão, comenta Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin, Chefe-geral da Embrapa Cocais.
Fazem parte da iniciativa: Agência Espacial Brasileira (AEB), Diretoria de Serviço Geográfico do Exército (DSG), Embrapa Acre, Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Agrossilvipastoril, Embgrapa Amazônia Oriental, Embrapa Cerrados, Embrapa Cocais, Embrapa Florestas, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Monitoramento por Satélite, Embrapa Pesca e Aquicultura, Embrapa Solos, (Embrapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Instituto Agronômico (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SGB), Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Com informações da Embrapa Cocais e Embrapa Solos
Geoinformação & Disrupção: Criando Novos Mercados
Qual será perfil do futuro profissional e das empresas ligados a Informação Geográfica? Como a cadeia produtiva da Geoinformação pode se adaptar às rápidas e constantes mudanças que estão ocorrendo e também buscar novos mercados?
Toda esta evolução digital inclui crowdsourcing baseado em tecnologia móvel, a combinação de inteligência artificial e a observação da Terra, serviços automatizados de localização, big data e análises geográficas em real-time.
No seminário Geoinformação & Disrupção, que vai acontecer no dia 15 de maio na abertura do MundoGEO#Connect 2018, especialistas estarão reunidos para debater estas tendências e desvendar os melhores caminhos para as empresas do setor continuarem a prover soluções para uma cadeia consumidora corporativa da análise geográfica cada vez mais ampla e exigente.