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A Indústria 4.0, as Geotecnologias e a política industrial brasileira

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Brasil precisa se adequar a essa realidade, uma vez que a capacidade de a indústria nacional competir internacionalmente dependerá da habilidade do país de promover essa transformação

industria e geotecnologiaO Brasil precisa inserir, com urgência, a indústria 4.0 no centro de suas estratégias de política industrial a fim de preservar e aumentar a competitividade do país. A política industrial brasileira voltada a desenvolver a indústria 4.0 ou manufatura avançada no país, contudo, deverá abranger um conjunto amplo de ações que terão de ir muito além da difusão e adoção de tecnologias.

A avaliação foi feita no 3º Fórum de Manufatura, realizado em São Paulo. “A agenda da indústria 4.0 no Brasil será difícil e complexa em razão da própria heterogeneidade da indústria brasileira, que faz com que não exista uma solução única para o setor,” disse Carlos Américo Pacheco, da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), durante o evento.

“A política industrial voltada a estimular o desenvolvimento da indústria 4.0 no Brasil precisará contemplar um conjunto de temas como, além da difusão e adoção de tecnologias, a criação e o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas, questões regulatórias, capacitação de mão de obra e criação de startups, entre outros”, disse Pacheco.

Aceleração da tecnologia

Na avaliação de João Emílio Gonçalves, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a disseminação das tecnologias da indústria 4.0 terá uma velocidade imensamente maior do que em momentos anteriores de transformação da forma de produzir.

“A chegada e a consolidação da indústria 4.0 será muito mais rápida do que em casos anteriores. Por essa razão, as principais nações industrializadas inseriram o desenvolvimento da indústria 4.0 no centro de suas estratégias de política industrial para preservar e aumentar sua competitividade”, disse Gonçalves.

O Brasil precisa com urgência se adequar a essa realidade, uma vez que, na opinião dele, a capacidade de a indústria nacional competir internacionalmente dependerá da habilidade do país de promover essa transformação.

“A indústria 4.0 está aí, é a nossa chance, não podemos perder esse bonde. Desperdiçar a oportunidade criada pela indústria 4.0 será imperdoável”, disse Gonçalves, acrescentando o Brasil terá um duplo desafio para se inserir na realidade da indústria 4.0: buscar a incorporação e o desenvolvimento das soluções tecnológicas e ter agilidade para evitar que a distância em termos de competitividade para os principais competidores aumente.

Mais institutos

Segundo Pacheco, há um conjunto de indústrias no Brasil que precisa ter acesso às principais tecnologias habilitadoras da indústria 4.0, como Internet das Coisas (IoT), megadados, robótica avançada e inteligência artificial.

Para o especialista, a política industrial brasileira voltada ao desenvolvimento da indústria 4.0 deverá dar suporte para que empresas provedoras dessas tecnologias já existentes, como fabricantes de máquinas e equipamentos, além de softwares e serviços, sejam capazes de melhorar a difusão e a adoção dessas soluções por esse conjunto de indústrias, a fim de melhorar o funcionamento e a competitividade delas.

Para promover a difusão dessas tecnologias de forma ampla será preciso criar um conjunto de instrumentos, a exemplo dos que foram elaborados para implementar, no início da década de 1990, o programa de qualidade no Brasil, comparou Pacheco.

“Para implementar o programa de qualidade foram criadas fundações específicas, como a Fundação Nacional da Qualidade, e um conjunto de instrumentos para difundir boas práticas de qualidade. Precisamos agora, também, para desenvolver a indústria 4.0 no Brasil, de um conjunto de instrumentos que possibilitem difundir as tecnologias necessárias e dar condições, em termos de financiamento, facilidade de acesso e formação de recursos humanos específicos, para que as indústrias possam adotá-las”, disse.

Simultaneamente a esse processo de difusão de tecnologias será preciso estimular empresas estabelecidas no país a desenvolver novas soluções tecnológicas voltadas à indústria 4.0. Para isso, as agências de fomento à pesquisa no país, como a FAPESP, podem desempenhar um papel estratégico. “A FAPESP tem três programas de apoio especificamente voltados à pesquisa em cooperação com empresas e definiu a manufatura avançada como um dos temas estratégicos para atuação da instituição em médio e longo prazo”, disse Pacheco.

Com informações da Agência Fapesp e portal Inovação Tecnológica

Geotecnologias Disruptivas

A inovação disruptiva está relacionada a um produto ou serviço que cria um novo mercado e desestabiliza os concorrentes que antes o dominavam.

É geralmente algo mais simples, mais barato do que o que já existe ou algo capaz de atender um público que antes não tinha acesso ao mercado. Em geral, começa servindo um público modesto até que abocanha todo um segmento.

No seminário Geoinformação & Disrupção, que será realizado no dia 15 de maio em São Paulo (SP) na abertura do MundoGEO#Connect 2018, especialistas estarão reunidos para debater estas tendências e desvendar os melhores caminhos para as empresas do setor continuarem a prover soluções para uma cadeia consumidora corporativa da análise geográfica cada vez mais ampla e exigente.

Veja a programação completa e confira como foi a última edição, que contou com mais de 3 mil participantes:

Nos vemos lá!

Fonte: MundoGEO#Connect

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