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Novo software da Embrapa auxilia no manejo florestal sustentável

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Técnicas de sensoriamento remoto e radares conferem precisão ao volume a ser explorado numa área de floresta

Planejar a extração madeireira e garantir ao mesmo tempo conservação e a plena recuperação da floresta é o maior desafio do manejo florestal sustentável na Amazônia. Para apoiar essa missão, a Embrapa apresenta o software BOManejo uma ferramenta de apoio à elaboração e execução de planos de manejo.

A ferramenta é gratuita e direcionada a técnicos de empreendimentos florestais, comunidades e, futuramente, a técnicos de órgãos de fiscalização. O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri, ressalta que o software é um exemplo de como a pesquisa gera produtos que atendem ao setor produtivo e ao governo. “O uso dessa ferramenta contribui para que a atividade madeireira na Amazônia tenha cada vez mais planejamento e controle, causando o mínimo impacto à floresta”, completa.

Segundo o pesquisador José Francisco Pereira, da Embrapa Amapá, as vantagens do uso do software são inúmeras. Para o segmento madeireiro, por exemplo, ela apoia a elaboração do Plano Operacional Anual, desde o planejamento da colheita florestal, os dados no inventário, a seleção e indicação da quantidade de árvores a serem extraídas, até o monitoramento do corte. Já para os técnicos de órgãos de controle e fiscalização será lançado em breve um módulo específico para esse público, que irá ajudar na avaliação dos planos operacionais, uma vez que deve padronizar os projetos de manejo, evitando diferenças nas avaliações.

Baixe o software BOManejo

Para o chefe-geral da Embrapa Amapá, Nagib Jorge Melém Júnior, o controle dos dados da extração madeireira permite a redução do tempo e uma maior eficiência na execução do manejo. “Nossa intenção é contribuir para que o setor madeireiro possa ser cada vez mais fortalecido de maneira que a gente consiga ter uma produção madeireira e ao mesmo tempo possa preservar a floresta para as gerações futuras”, destaca o dirigente.

Uso e conservação das florestas

O software é resultado da primeira fase do projeto Bom Manejo, desenvolvido pela Embrapa e financiado pelo ITTO (Organização Internacional de Madeira Tropical), cujo objetivo é aplicar boas práticas de utilização e conservação das florestas. Para isso, o projeto em sua primeira fase desenvolveu ferramentas computacionais que auxiliam técnicos e produtores no planejamento do manejo e monitoramento da floresta.

“Um manejo bem feito pressupõe retirar a madeira e promover que as populações de árvores continuem num processo de crescimento e que dentro de um ciclo de 35 anos seja possível uma nova retirada”, explica o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Milton Kanashiro, e coordenador do Projeto.

Kanashiro diz que o monitoramento da floresta amazônica tem avançado bastante em vários segmentos. Atualmente técnicas de sensoriamento remoto e radares conferem precisão ao volume a ser explorado numa área de floresta, por exemplo. “Mas é preciso ainda avançar na questão dos planos de manejo e na difusão das tecnologias disponíveis pela pesquisa”, continua.

Tecnologias para o manejo florestal

O projeto Bom Manejo desenvolveu quatro ferramentas computacionais para controle e execução dos Planos de Manejo Florestal Sustentável, que estão disponíveis no Portal da Embrapa. Além do software BOManejo, que está sendo apresentado ao público, o projeto desenvolveu o MFT, de monitoramento das florestas tropicais; o MEOF, monitoramento econômico das operações florestais; e o MOP, monitoramento da performance das operações florestais.

A segunda fase do projeto compreende a capacitação de técnicos do setor madeireiro, de órgãos governamentais de fiscalização e de professores da área florestal para o uso e melhoria dessas ferramentas.

O Bom Manejo é executado pela Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Amapá e conta com a parceria da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Instituto Florestal Tropical (IFT), Serviço Florestal Brasileiro e Fidesa.

Com informações da Embrapa

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