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Tecnologia inédita estima população exposta em áreas de risco no Brasil

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Diferencial da metodologia consiste na utilização de dados geográficos de escala intraurbana associados às áreas de risco

Um estudo recente, publicado na revista International Journal of Disaster Risk Reduction, desenvolvido por pesquisadoras do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em parceria com especialistas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), evidenciou o potencial da associação de dados censitários às áreas de riscos de desastres, visando estimar a população exposta no Brasil.

Desde dezembro de 2011, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) monitora e emite, quando necessário, alertas de risco de desastres para municípios com riscos de deslizamentos e/ou inundações, usando tecnologias de monitoramento e previsões hidro-meteorológicas e geodinâmicas. Paralelo ao esforço de monitoramento das condições ambientais, o Cemaden buscou conhecer melhor a população moradora em áreas de risco, a fim de aprimorar os alertas; entretanto, constatou que os dados disponíveis até então não permitiam a análise direta das condições de exposição da população em nível de detalhe.

A partir dessa demanda, pesquisadoras do Cemaden, em parceria com especialistas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desenvolveram metodologia inovadora que permite a produção de dados inéditos a partir da associação de áreas de risco de desastres naturais com dados censitários. O estudo mostrou o potencial da utilização de dados censitários do Brasil para a estimativa da população exposta nas áreas de risco de deslizamentos e/ou inundações. O diferencial da metodologia implementada consiste na utilização de dados geográficos de escala intraurbana, principalmente provenientes de faces de quadra, associados às áreas de risco.

Ressalta-se que a associação direta e automática de dados censitários com as áreas de riscos não era possível devido à incompatibilidade de geometrias, razão pela qual foi criado um novo recorte territorial, denominado Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER), que permite agrupar informações das características dos moradores e das moradias nas áreas de risco mapeadas no país.

“De forma inédita, informações básicas sobre número de moradores e moradias em áreas de risco puderam ser estimadas, explicitando-se, por exemplo, gênero, faixa etária, rendimento, responsável do domicílio. Estas informações podem ser analisadas a partir de 183 variáveis relacionadas com moradores e 135 referentes às suas moradias. Tais dados são importantes, uma vez que estudos sobre desastres destacam que as características da população e das suas moradias podem contribuir para a maior ou menor exposição ao risco, e conhecer tais características podem ajudar a diminuir a vulnerabilidade da população” ressalta Mariane Assis, pesquisadora do Cemaden.

A metodologia, inicialmente aplicada para uma área piloto (municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro) foi publicada recentemente na revista International Journal of Disaster Risk Reduction. O artigo apresenta a metodologia desenvolvida e os resultados associados com os três municípios da região Serrana do Rio de Janeiro, estes impactados por um severo desastre em 2011.

Outro avanço que a metodologia permite, destaca Silvia Saito, coautora do estudo “é o acompanhamento temporal da estimativa de pessoas expostas e suas condições de vida, uma vez que o censo é realizado a cada dez anos”. A parceria Cemaden-IBGE, contempla também proposição de metodologia de contagem rápida da população para um período inferior ao do censo, considerando a dinâmica sociodemográfica das áreas de risco no país.

Regina Alvalá, coordenadora da parceria Cemaden-IBGE destaca que “esse avanço só foi possível a partir do envolvimento de especialistas em desastres e em dados demográficos e pela disponibilidade de bases de dados de mapeamentos de risco já geradas no país por instituições como o Serviço Geológico do Brasil, evidenciando a necessidade de esforços interinstitucionais para a melhor gestão de riscos de desastres no Brasil”.

O artigo intitulado “Estimation of exposed population to landslides and floods risk areas in Brazil, on an intra-urban scale” está disponível em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212420918300359.

Com informações do Cemaden

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