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Disponível gratuitamente mapa 3D global para uso científico

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Modelo 3D da Terra foi concluído em setembro de 2016 e é aproximadamente 30 vezes mais preciso do que qualquer outro conjunto de dados global

O modelo digital de elevação TanDEM-X, de 90 metros, foi lançado para uso científico e agora está disponível como um conjunto de dados com alcance global.

Ao fornecer esses dados, o Centro Aeroespacial da Alemanha (DLR, na sigla em alemão) segue a política de dados da União Europeia no âmbito do programa de observação da Terra Copernicus, que incentiva o acesso livre e aberto a dados de sensoriamento remoto.

Quando o satélite de radar TanDEM-X foi lançado ao espaço, em 21 de junho de 2010, seu “gêmeo” TerraSAR-X já estava na órbita da Terra desde junho de 2007. Desde então, os dois satélites de radar alemães têm voado e gerado dados em formação.

Enquanto voam sobre a Terra, ambos os satélites “vêem” a mesma área de solo, mas de perspectivas ligeiramente diferentes. O sinal refletido pelo solo chega aos satélites com um pequeno intervalo de tempo devido à distância entre eles. Essa diferença de faixa é registrada interferometricamente com precisão milimétrica.

Para calcular as alturas exatas da superfície da Terra, várias imagens do planeta tiveram que ser feitas entre 2011 e o final de 2015. A distância entre os satélites gêmeos variou entre 500 metros e, em uma ocasião, chegou a ser de apenas 120 metros. Isso possibilitou a criação de um Modelo Digital de Elevação (DEM, na sigla em inglês) completo da superfície da Terra pelos computadores do DLR em Oberpfaffenhofen.

Os dados gerados, com uma distância de amostragem horizontal de 12 metros, também permitiram a criação de versões com resoluções reduzidas. Embora o acesso aos modelos de elevação de 12 e 30 metros esteja sujeito a restrições devido ao potencial de exploração comercial, o DEM de 90 metros está agora disponível em um servidor do DLR e pode ser baixado gratuitamente para uso científicos dos dados.

O TanDEM-X DEM cobre toda a superfície terrestre, totalizando mais de 148 milhões de quilômetros quadrados e com precisão absoluta da altitude de apenas um metro.

Segundo o DLR, este modelo 3D da Terra foi concluído em setembro de 2016 e é aproximadamente 30 vezes mais preciso do que qualquer outro conjunto de dados global. O modelo de elevação gerado com TanDEM-X e TerraSAR-X também tem a vantagem de ser o primeiro a capturar a Terra com precisão uniforme e sem lacunas.

“Dado que estamos oferecendo acesso livre e direto ao TanDEM-X DEM de 90 metros, esperamos várias centenas de milhares de downloads nos próximos meses para aplicações em ciências da Terra, hidroelétricas e ambientais, bem como planejamento de infraestrutura e sensoriamento remoto “, afirma o brasileiro Alberto Moreira, diretor do Instituto de Microondas e Radar do DRL. O contato para usuários comerciais continua sendo a empresa Airbus Defence and Space.

Equipe de cientistas de 70 países

No total, mais de 2.400 cientistas, de 70 países diferentes, estão trabalhando com os dados radar de TanDEM-X e TerraSAR-X. Os modelos digitais de elevação podem ser usados ​​para criar mapas topográficos, mas também para monitorar o uso do solo e a vegetação, coletar informações hidrológicas e observar calotas polares ou geleiras.

Os dois satélites continuam a voar em formação e a adquirir imagens da Terra para detectar mudanças topográficas que ocorreram como resultado de terremotos ou em geleiras, regiões de permafrost, áreas agrícolas ou zonas urbanas, para dar apenas alguns exemplos.

O TerraSAR-X e o TanDEM-X ainda estão funcionando sem falhas após 11 e oito anos de órbita, respectivamente, e há muito superaram sua vida útil nominal, que era para ser de cinco anos e meio. “A qualidade dos dados do TerraSAR-X e do TanDEM-X ainda é excelente, com os dois instrumentos de radar funcionando exatamente como no início de sua missão. Diante de seus recursos de combustível restantes e das boas condições das baterias, parece provável que eles continuarão a operar além de 2020 “, explica Stefan Buckreuß, Gerente de Missões do DLR.

Tandem-L: uma missão para o futuro

O DLR já tem planos para uma possível missão de acompanhamento: o conceito de missão Tandem-L prevê dois satélites de radar operando na banda L (comprimento de onda de 23,6 centímetros) e destina-se a capturar processos dinâmicos que ocorrem na superfície da Terra.

O objetivo do Tandem-L é mapear a massa de terra da Terra semanalmente. “A missão estabelecerá novos padrões no campo da observação da Terra, monitorará a mudança global com um nível de qualidade sem precedentes e nos dará a possibilidade de oferecer recomendações importantes para a ação”, comemora Alberto Moreira.

Mapeamento com Drones

O uso de drones para mapeamento será tema de dois cursos (básico e avançado) que vão acontecer durante o DroneShow Plus 2018, de 6 a 8 de novembro em São Paulo (SP). Confira a programação completa.

Este tema também foi destaque em várias atividades do DroneShow 2018, que aconteceu em maio passado também na capital paulista. Veja um resumo de como foi o evento:

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