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Estudo aponta necessidade de planos de prevenção de desastres em sítios históricos

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Brasil possui 5.570 municípios, dos quais 958 são monitorados pelo Cemaden, por terem um histórico de desastres e mapeamento de áreas suscetíveis a processos hidrológicos extremos e/ou a movimentos de massa

Construir planos e redes de proteção do patrimônio cultural brasileiro – cujos sítios históricos estão localizados nas áreas de risco de inundações e deslizamentos – são as propostas apresentadas nos estudos realizados por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em parceria com os pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de São José dos Campos.

O artigo foi publicado pela Revista Patrimônio e Memória – Volume 14- da Unesp, intitulado “Desafios para uma agenda de prevenção de desastres em sítios históricos: o caso de São Luiz do Paraitinga (SP)”, apresentando os resultados das análises em dois períodos.

O primeiro, de janeiro de 2010 a junho de 2013, estudou-se o processo de reconstrução e recuperação do município. Foram analisados os impactos principalmente sociais, comportamentais e culturais no município atingido pela grande inundação, ocorrida em 2010, além do processo de recuperação e resistência da população, frente ao desastre no pós-inundação.

No segundo período da pesquisa, de outubro de 2014 a outubro de 2016, os estudos analisaram as ações educativas e de sistemas de alerta, desenvolvidas pelo Projeto Cemaden Educação, com apoio de projetos de extensão do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp (ICT/Unesp), de São José dos Campos e da escola pública estadual Monsenhor Ignácio Gióia, de São Luiz do Paraitinga. Neste segundo período, o objetivo foi o de fortalecer as capacidades intergeracionais de prevenção de riscos de desastres, aplicando os princípios da ciência cidadã, que envolve cidadãos na coleta e análise de dados para fins científicos.

Utilizando a ciência cidadã, foram desenvolvidas ações que permitiram a interação entre a comunidade escolar, os moradores e a Defesa Civil local, com práticas de monitoramento participativo, mapeamento, história e tradição oral. Nessa etapa, os estudantes do ensino médio identificaram memórias sobre desastres, conhecimento de vulnerabilidades, percepções sobre mudanças climáticas e riscos em seus territórios.

“Conhecer o risco é o primeiro eixo fundamental para a criação de um sistema de alerta para o setor.”, explica o pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini e complementa : “É necessário conhecer esse risco em sítios históricos e envolver o setor no Plano Nacional de Gestão de Risco e Respostas a Desastres (PNGRD).”

Sítios históricos frente aos riscos de desastres

O artigo faz um contexto dos sítios históricos em municípios com áreas de riscos de desastres. Informa que o Brasil possui 5.570 municípios, dos quais 958 são monitorados pelo Cemaden, por terem um histórico de desastres e mapeamento de áreas suscetíveis a processos hidrológicos extremos e/ou a movimentos de massa, com exposição de pessoas e moradias/construções.

Entre os municípios monitorados, 127 são municípios com bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Esses municípios possuem um total de 830 bens tombados, em sua maioria classificados em “edificação e acervo” e “edificação” (33% e 37% dos bens, respectivamente), cuja conservação é de interesse público por seu vínculo a fatos marcantes da história local e do País. Deste conjunto, destacam-se os municípios de Rio de Janeiro e Salvador, caracterizados por sua importância para a história da formação do Brasil e com um número significativo de bens tombados (145 e 102, respectivamente).

“Nos municípios monitorados com bens tombados pelo IPHAN, há necessidade de mapeamentos de risco mais detalhados.”, destaca o pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, explicando sobre a necessidade de identificação dos bens patrimoniais e culturais expostos a ameaças e de quais tipos, por exemplo, com riscos de inundações, deslizamentos, erosão costeira, entre outros. “É importante lembrar que esta é uma recomendação do Marco de Ação de Sendai para a Redução de Risco de Desastres 2015-2030, bem como da Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Agenda Habitat III).” , complementa o pesquisador.

Além do pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini, participaram dos estudos científicos: a coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora e antropóloga Rachel Trajber; o pesquisador e tecnologista da Sala de Situação do Cemaden, Rodrigo Silva da Conceição; os pesquisadores do ICT/Unesp, Tatiana Sussel G. Mendes e Rogério Galante Negri.

Com informações da Ascom/Cemaden

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