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Fórum de Observação da Terra reúne governo, empresas e academia

Encontro teve como objetivo criar um ambiente de impacto positivo para apresentar projetos e ideias relacionados à área de monitoramento ambiental no território brasileiro utilizando Geotecnologias

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Para quem não pôde estar presente no DroneShow e MundoGEO Connect 2019, realizado no fim de junho na capital paulista, ou para quem tem objetivos de ir além e complementar sua atualização para o mercado, está acontecendo de 5 a 7 de novembro no Hotel Meliá Ibirapuera, em São Paulo (SP), o evento DroneShow & MundoGEO Connect PLUS.

Hoje (6/11) o evento teve sequência com o 1º Fórum de Observação da Terra e quatro cursos, além da mostra de tecnologia. 

Confira alguns destaques do fórum:

O Fórum de Observação da Terra teve como objetivo criar um ambiente de impacto positivo para apresentar projetos e ideias relacionados à área de monitoramento ambiental no território brasileiro utilizando Geotecnologias.

O evento teve início com um painel sobre o Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros: Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal, realizado pela MundoGEO em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A abertura foi de explanações iniciais por parte de técnicos e gestores ligados ao tema: Ronald Buss de Souza, Chefe de Gabinete da Direção do INPE; Lubia Vinhas, Coordenadora-Geral Observação da Terra do INPE; Claudio Almeida, Coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas do INPE; Julio Salarini Guiomar, Coordenador do Fundo Amazonia do BNDES; e Heyder Hey, Vice Presidente da Funcate.

Na sequência, Leila Fonseca, pesquisadora do INPE, explicou em detalhes o projeto de monitoramento dos biomas brasileiros, os desafios para buscar os recursos, as ações em andamento, os resultados já obtidos e o que vem por aí.

Lubia Vinhas e Leila Fonseca, do INPE

Logo em seguida, uma das palestras mais esperadas: Thelma Krug, Vice Chair do IPCC, falou sobre a construção da proposta do Nível de Referência de Emissões Florestais (FREL). Comentou como representou o Brasil na Convenção do Clima, que conta com 196 governos membros e no qual as decisões devem ser por consenso, o que justifica como regras globais na área ambiental levam muito tempo para ser consolidadas.

Claudio Almeida voltou para uma palestra sobre os desafios atuais para o monitoramento da supressão de vegetação – ou desmatamento – dos Biomas Caatinga, Cerrado, Pampa e Pantanal. Em seguida, o pesquisador do INPE, Dalton de Morisson Valeriano, detalhou as metodologias para mapeamento da vegetação nativa dos Biomas Brasileiros, destacando a padronização de termos para o inglês, para que possam ser entendidos e integrados com outras bases de dados internacionais.

Lubia Vinhas retornou para uma palestra sobre o uso das Geotecnologias para apoiar atividades de mapeamento e disseminação de dados geoespaciais, lembrando que o INPE foi pioneiro em distribuir imagens de média resolução na forma de dados livres. Apresentou o Terra Amazon, um SIG de propósito específico e finalizou afirmando que o trabalho com sensoriamento remoto e geoprocessamento terá equipes cada vez mais multidisciplinares.

Em seguida, a pesquisadora do INPE, Karine Reis, falou sobre o Brazil Data Cube com bases de dados multidimensionais. No projeto do Cubo de Dados Brasil foram aproveitadas outras experiências internacionais, com dados/códigos disponíveis para a comunidade. O projeto ganhou um prêmio da Amazon em créditos para criar uma base de dados no INPE e também na nuvem.

Fechando o painel da manhã, Alessandra Gomes, Chefe do Centro Regional da Amazônia (CRA – INPE) falou sobre as experiências do Projeto Capacitree na Amazônia e as possibilidades de aplicação para demais Biomas, trazendo o conceito de “construção de capacidades” (capacity building) na formação dos alunos.

O período da tarde teve como foco Projetos, Soluções e Aplicações, iniciando pelo pesquisador Alberto Setzer com o tema “O Programa Queimadas do INPE e a temporada de fogo de 2019”. Segundo Setzer, o monitoramento de queimadas é feito por várias agências/países, que não é algo exclusivo da Amazônia, e valorizou o papel de parte da imprensa, que faz um trabalho correto de cruzamento de dados (imagens de satélites, dados governamentais nacionais e internacionais).

Na sequência foi a vez de Paulo Roberto Braga Barros, Diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ele vez um apanhado histórico, desde a viagem do russo Iuri Gagarin ao espaço até os dia atuais, fazendo um paralelo com o Brasil, incluindo a criação do INPE em 1971. Falou sobre o orçamento anual da AEB equivaler a apenas 8 horas da NASA, mas que mesmo assim vários projetos estão em andamento, como por exemplo o veículo lançador de micro-satélites e a modernização das bases de lançamento.

Daniel Araujo Miranda, Perito Criminal da Polícia Federal, falou sobre o monitoramento diário orbital no apoio à detecção e combate de atividades ilícitas, como desmatamento, mineração, plantações ilícitas, embarcações e pistas clandestinas. Segundo ele, para o combate a atividades ilícitas na área ambiental, muitos vestígios são visíveis a partir de plataformas orbitais, são grandes áreas envolvidas e a ação deve ser imediata. Até 2009 a PF só tinha imagens avulsas; e um GIS foi implantado em 2010. A partir de 2016 começaram a ser usadas imagens de alta resolução espacial; em 2018 passaram a utilizar imagens de alta resolução temporal no Amazonas; entre 2018 e 2019 começaram a usar drones; e neste ano foi assinado o segundo contrato para uso de imagens de alta resolução temporal para várias áreas prioritárias na Amazônia, com resultados financeiros já comprovados em ações recentes.

Daniel Araujo Miranda, da Polícia Federal

Em seguida iniciaram-se os painéis com experiências estaduais e municipais, com os representantes da Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA-MT), pioneira na implantação do CAR, que falaram sobre como estão fazendo o monitoramento contínuo usando imagens de alta resolução para otimizar processos de licenciamento, fiscalização e restauro.

O Projeto Harpia: Sistema de Monitoramento da Vegetação Nativa da Bahia foi apresentado por Diogo Caribé de Sousa, Especialista em Meio Ambiente Geoprocessamento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (INEMA). De acordo com Diogo, a Bahia sempre esteve no topo do “pódio” do desmatamento, e com a aplicação do sistema de monitoramento caiu várias posições, confirmando sua eficácia.

Arlete Tieko Ohata, Diretora de Informações Ambientais da Coordenadoria de Planejamento Ambiental da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, por sua vez, explicou em detalhes a REDEZEE-SP – Plataforma Tecnológica de Informações Territoriais do Estado de São Paulo.

Finalizando o fórum, a Diretora da Divisão de Informações Ambientais da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo (SVMA/PMSP), Vivian Prado Fernandes, trouxe informações sobre como estão sendo usadas as Geotecnologias na gestão do Meio Ambiente na cidade. Pelo porte da cidade, os números relacionados ao monitoramento ambiental são impressionantes e os desafios idem.

O DroneShow e MundoGEO Connect PLUS segue nessa quinta-feira (7/11) com cursos práticos e avançados, fórum de smart cities, mostra de tecnologia e rodadas de negócios.

Por dentro do DroneShow & MundoGEO Connect PLUS

Quem está no DroneShow & MundoGEO Connect PLUS conta com com conteúdos práticos e avançados relacionados a drones e geotecnologias. São mais de 100 horas de conteúdo distribuídos em cursos práticos e avançados, fóruns, mostra de tecnologia e rodadas de negócios.

Confira todas as atividades que estão sendo realizadas nestes três dias do evento:

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• Cursos Práticos
– QGIS para Mapeamento Temático
– QGIS para Análise Espacial
– Processamento de Imagens obtidas com Drones

• Cursos Avançados
– Drones para uso em Mapeamento e Meio Ambiente
– Realidade Virtual e Aumentada: Conceitos e Aplicações
– Análise Espacial para Tomada de Decisões Estratégicas
– Tecnologias e Soluções para Monitoramento de Obras
– Topografia com Drones – Tecnologia, Métodos e Resultados
– Drones para Aerolevantamentos – Tecnologia, Levantamento, Processamento e Resultados
– Agricultura com Drones: Tecnologias, Métodos e Estudos de Caso

• Fóruns
– 8º Fórum Empresarial de Drones
– 1º Fórum de Soluções Geoespaciais para Smart Cities
– 1º Fórum de Observação da Terra – Soluções e Aplicações

• Mostra de Tecnologia
– Espaço para exposição de produtos e serviços

• Rodadas de Negócios
– Reunião entre expositores da mostra e potenciais clientes

As inscrições nas atividades do DroneShow & MundoGEO Connect PLUS ainda estão abertas em https://droneshowla.com/plus e também no local do evento. A visitação à mostra de tecnologia e participação nas rodadas de negócios é gratuita.

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Imagens: Divulgação

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