Cobrar por hora, por projeto, por voo? Estas são algumas perguntas comuns de quem pretende trabalhar ou já está atuando no mercado de drones mas ainda tem dúvidas sobre como apresentar um preço a um cliente para realizar um trabalho utilizando drones.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) liberou recentemente um relatório sobre o percentual de sobrevivência no Brasil: de cada quatro empresas abertas, uma fecha antes de completar dois anos de existência no mercado. Além das crises e da burocracia, um dos maiores problemas enfrentados pelo empresariado é a dificuldade de planejamento.
No setor de drones, esta ainda é uma dúvida recorrente: como cobrar por um serviço de mapeamento com drones? Este é um dos assuntos que mais gera dúvidas para quem quer começar a trabalhar com drones e também para quem já está no mercado.
De fato, não existe uma “receita de bolo” para você começar a precificar seus trabalhos, mas com este conteúdo e com o check-list de referência da Horus Aeronaves, você vai conhecer alguns assuntos que são cruciais para montar seu orçamento.
Confira os 6 passos sobre como cobrar por um serviço de mapeamento com Drones:
• O primeiro ponto é conhecer seus custos de operação. Mapeie seus custos fixos, identificando todos os gastos recorrentes da sua operação, como por exemplo, o aluguel do escritório, custos com recursos humanos, impostos, contas de luz, água, telefone e internet. Enfim, é quanto você gasta em um período para manter sua operação. Se você conseguir mapear com detalhes seus custos fixos, isto vai facilitar muito para você entender quanto precisa desembolsar pela sua operação por mês, semana, dia e até mesmo por hora.
• O segundo fator, muito importante para você se atentar, são os custos de logística, que são custos variáveis e se alteram para diferentes tipos de serviços. É importante você entender se será preciso viajar para ir até o local de interesse onde o serviço será executado. Já que provavelmente será preciso se locomover, será necessário um veículo, combustível, alimentação e eventualmente até hospedagem quando é um trabalho maior. Você deve prever tudo isso no escopo do seu projeto. Uma dica é estudar bem estes custos variáveis e cobrar antecipadamente do seu cliente como custo de mobilização, desta forma você recebe este valor adiantado para custear seus deslocamentos.
• A terceira dica é entender a área que você pretende mapear. Sempre leve em consideração as características da área em que irá prestar o serviço de mapeamento e também se há algum tipo de risco para você, sua equipe e seus equipamentos, além das dificuldades de operação. Por exemplo, você pode ter serviços com áreas pequenas e espaçadas entre elas, o que gera muitos custos de deslocamento e tempo. Por outro lado, há operações em que você terá blocos únicos, sem necessidade de deslocamentos, o que facilita muito a operação. Outro ponto a considerar é se a área é de mata fechada ou se há lago, represa, etc, que podem gerar algum risco durante a operação. Também a dificuldade de acesso deve ser levada em conta, pois pode-se deparar com locais onde não é possível chegar facilmente à área a ser mapeada, fazendo com que o equipamento tenha que voar um pouco mais do que a distância normal. Uma dica é solicitar ao cliente um arquivo no formato KML ou KMZ, que pode ser aberto no Google Earth e permite a visualização prévia da área e a análise das dificuldades e riscos.
• O quarto ponto a ser levado em conta é o próprio serviço que você vai prestar. Saiba qual a complexidade, a capacidade do seu equipamento e qual o nível de qualidade exigido pelo cliente em termos de tipo de imagem, precisão e acurácia. Se for somente o voo com processamento, é um serviço de baixa complexidade e deve-se cobrar um valor. Já se o serviço for de voo, processamento e análises específicas, ele tem um valor agregado maior e pode-se cobrar mais. Um exemplo de análise específica é a identificação de ervas daninhas, contagem de plantas e vários outros relatórios que você pode gerar com base no seu ortomosaico. É importante também saber se o cliente tem alguma exigência específica em relação ao GSD, que é a sigla em inglês para Ground Sample Distance, ou seja, a qualidade deste trabalho. Para ter um GSD baixo, ou seja, alto detalhamento de imagem, você terá que voar baixo e isso influencia na capacidade do seu equipamento em hectares por hora. A precisão do trabalho também é algo que deve ser levado em conta, pois muitas vezes você vai precisar fazer o serviço com pontos de apoio e de controle em solo, ou até mesmo com uma aeronave com tecnologia RTK, para atingir precisões e acurácias específicas. Isto também deve ser levado em conta, já que aeronaves RTK são mais caras e o uso de pontos de controle envolve aluguéis de equipamentos de topografia, custos com equipe e deslocamentos. Tudo isso tem que ser muito bem mapeado para você conseguir precificar seu trabalho.
• O quinto ponto é o valor agregado do serviço que você está prestando. A informação que você vai gerar tem um valor para seu cliente, ou seja, entender o quanto ela vai refletir para ele em termos de economia ou lucro pode influenciar no preço do seu serviço. Por exemplo, na Agricultura, muitos dos trabalhos geram economia de insumos, como numa aplicação em taxa variável ou correção de falhas de plantio que vai melhorar a produtividade de um cliente. Isto é importante para você entender qual o valor da informação que será gerada para seu cliente e como isso pode ser considerado na precificação do seu trabalho.
• E o sexto e último tópico é o prazo de entrega. Trabalhos com menor prazo ou urgentes vão exigir que você priorize um projeto em detrimento de outro. Entenda quanto tempo será necessário para cada etapa ao estipular um prazo e seja realista. É preciso ter muito bem mapeado quanto tempo você vai levar com planejamento do trabalho, operação em campo, processamento dos dados e entrega dos resultados finais. Naturalmente, trabalhos com maior urgência ou com menor tempo de execução são precificados mais caros.
Em resumo, precificar um trabalho com drones ou criar um orçamento está baseado em fazer as pergunta corretas ao seu cliente e ter as informações completas que você precisa para poder precificar corretamente seu trabalho. Conforme já foi comentado anteriormente, não existe uma “receita de bolo” ou algo pronto que auxilie você a fazer um orçamento, pois cada profissional tem suas especificidades e precifica seus trabalhos de acordo com sua realidade, mas é importante você conhecer estes seis tópicos essenciais bem estruturados e mapeados para garantir que levou em conta todos os fatores que podem influenciar no preço dos seus serviços com drones.
Check-list de Referência
Baixe no link a seguir um check-list de referência que vai lhe auxiliar a precificar seus serviços com drones. Lembrando que não é uma regra, mas uma tabela de apoio na montagem do seu orçamento da forma mais correta:
Para sedimentar melhor estes conceitos sobre o que levar em conta ao precificar um serviço de mapeamento com drones, assista o vídeo a seguir:
Sobre a Horus Aeronaves
A Horus Aeronaves é uma agtech brasileira, fundada em 2014 por três engenheiros mecânicos, graduados pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Com sede e fábrica em Florianópolis-SC e escritório comercial em Piracicaba-SP, a Horus possui como modelo de negócio o Drone as a Service (DAAS), uma solução única e completa que permite conectar agricultores e corporações que precisam de informações à pilotos de drones aptos à prestação de serviços de mapeamento.
Toda a tecnologia envolvida no sistema DAAS é de propriedade da Horus. A fabricação e comercialização de drones asa fixa aliados à Mappa, plataforma online de processamento de imagens, possibilita ter em um único ambiente, todos os dados e análises das áreas desejadas. O portfólio de produtos é composto por 4 modelos de drones: Maptor, Maptor Agro, Verok e Verok HS e a Plataforma de Processamento Online de Imagens de Drones, a Mappa.
Para otimizar a captura das informações e entrega dos resultados com agilidade e qualidade, a Horus possui uma rede de operadores credenciados, aptos a prestar os serviços de mapeamento.
Dessa maneira, atua fortemente no Agronegócio, assim como na Topografia, Controle Ambiental, Mineração e Controle de Obras, podendo realizar o monitoramento e acompanhamento de safras, construções, georreferenciamento, mensuração de áreas, entre outros.