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Agrosatélite conclui o levantamento da cana-de-açúcar irrigada no Brasil

Em parceria com a ANA, empresa concluiu o Levantamento da Cana-de-Açúcar Irrigada e Fertirrigada no país

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Em 2016, a Agência Nacional de Águas (ANA) selecionou por processo licitatório a Agrosatélite para mapear as áreas de cana-de-açúcar irrigada no Centro-Sul do Brasil na safra 2015/16.

A fim de dar continuidade aos estudos, a ANA firmou uma nova parceria com a Agrosatélite em 2018. Nesta segunda edição, a pesquisa expandiu a análise para a região Norte-Nordeste e, além de considerar as áreas irrigadas, também investigou as áreas fertirrigadas para a safra 2018/19.

O insumo de base para a identificação da área de cana irrigada é o mapa de toda a área de cana cultivada nas regiões de estudo elaborado no contexto do projeto Canasat desenvolvido pela Agrosatélite desde 2014.

Para a realização desse estudo, o mapeamento da área de cana foi estendido também para o Nordeste brasileiro, o que resultou em uma área total de cana mapeada na safra 2018/19 de 11,2 milhões de hectares.

Metodologia de Classificação

O novo estudo dividiu a cana que recebe aporte de água em: i) fertirrigação – realizada com reuso de água (vinhaça e águas residuárias), e, para três grupos nas áreas de irrigação com base na lâmina d’água aplicada: ii) irrigação plena – direcionada para regiões com deficiência hídrica próxima a 100%, necessitando aplicações em torno de 400 a 1000 mm/ano; iii) irrigação com déficit (ou semi-plena) – para regiões com 50% de deficiência hídrica as quais demandam lâminas de água que variam de 200 a 400 mm/ano; e iv) irrigação com salvamento – indicada para assegurar o plantio/rebrota das soqueiras por reduzir parcialmente o estresse hídrico em secas com lâminas entre 20 a 100 mm/ano.

A metodologia teve como premissa três variáveis que estão relacionadas com o crescimento e desenvolvimento da cana-de-açúcar: 1) a deficiência hídrica; 2) a irrigação; 3) o índice vegetativo. A primeira e a segunda influenciam diretamente o crescimento e desenvolvimento da cultura, enquanto a terceira é um indicador da disponibilidade hídrica do canavial.

Metodologia de Classificação

Na primeira etapa do trabalho, a partir de interpretação de imagens de sensores orbitais e de trabalho de campo, foi elaborado o mapa de cana-de-açúcar para as regiões Centro-Sul e Norte-Nordeste. A análise da deficiência hídrica (DEF) para o cultivo da cana-de-açúcar no Brasil foi o objetivo da segunda etapa da pesquisa.

A DEF é o resultado da diferença entre a Evapotranspiração Máxima (ETm) e a Evapotranspiração Real (ETr). Quanto menor essa diferença, melhores são as condições edafoclimáticas para o cultivo de cana. De posse do mapa de deficiência hídrica do Brasil, a terceira etapa do estudo utilizou a plataforma Google Earth Engine para processamento de imagens de sensores orbitais em nuvem, que fundamentou a identificação das áreas irrigadas de cana-de-açúcar no Brasil.

Para a delimitação de áreas fertirrigadas, o estudo concentrou-se nas regiões de índices de DEF abaixo de 800 mm/ ano na quarta etapa do trabalho. Devido às limitações da aplicação de técnicas de sensoriamento remoto, a modelagem das áreas fertirrigadas se deu com uso de ferramentas de geoprocessamento, contando com as contribuições do setor por meio de questionários e dos planos anuais de aplicação de vinhaça (PAVs).

Resultados e Considerações

Os resultados desse estudo mostraram que atualmente a aplicação de água nos canaviais brasileiros abrange 3,66 Mha, sendo que 2,9 milhões de ha (Mha) são fertirrigados (79,5%) e a irrigação ocorre em 749 mil ha (20,5%). Por ano, o volume de água demandado supera 2,1 bilhões de m³ (ou 2,1 trilhões de litros), sendo 27,7% direcionados às áreas fertirrigadas e 72,3% às irrigadas.

Em termos regionais, a irrigação se destaca no Norte-Nordeste, enquanto a fertirrigação é mais expressiva na região Centro-Sul. De acordo com as análises deste trabalho, a irrigação está presente em 38,5% dos canaviais da região Norte-Nordeste e a fertirrigação ocorre de forma alternada com a irrigação de salvamento. No Centro-Sul, apenas 2,9% da área cultivada recebem irrigação e a fertirrigação, por outro lado, ocorre em 29,1% dos canaviais.

Entre as regiões de irrigação plena e com déficit, apenas 5% da área cultivada de demanda 56,7% do volume de água para cana-de-açúcar, especificamente em Minas Gerais (31%), Goiás (17,8%), Alagoas (16,2%), Maranhão (12,8%) e Bahia (11,7%). Em contrapartida, o perfil menos hidrointensivo ocupa 95% da área irrigada e fertirrigada no Brasil, sendo que São Paulo lidera em fertirrigação com 68,5% do total.

Esse estudo oferece embasamento para a tomada de decisão e análises de risco com enfoque na segurança hídrica da agricultura irrigada e nas técnicas de reuso do recurso. Além disso, ao disponibilizar cálculos de demanda de uso da água, o trabalho atualiza e amplia as pesquisas na área e também subsidiará o novo Plano Nacional de Recursos Hídricos.

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