O mercado de pulverização com drones está demandando equipamentos que entreguem cada vez mais produtividade, e para isso, sejam capazes de levar mais carga. Para atender essa demanda, muitos drones já operam (a nível mundial) levando de 15L a 30L de calda, quantidade bem superior aos 10 litros de calda que os drones Classe 3 levam.
No Brasil, a Classe 2 (entre 25kg e 150kg de peso máximo de decolagem) é obrigada a obter Autorização de Projeto e CAER da ANAC para operar comercialmente, ou CAVE para operar de forma experimental. Ao contrário da Classe 3 (abaixo de 25kg de MTOW), que não exige qualquer certificação (somente cadastro no SISANT) para operar abaixo de 400 ft de altura, e em linha de visada direta (VLOS).
A T4 Drones, empresa fundada pelo Coronel R1 Jorge Vargas (um dos redatores da ICA 100-40 e demais regras do DECEA relativas a UAS), obteve recentemente o 1º CAVE para um drone de pulverização Classe 2 no Brasil, para realizar os ensaios de demonstração de requisitos, e deve obter a Autorização de Projeto para uso comercial ainda este ano.
O processo é relativo ao AGRAS T-16, drone de 42 kg de PMD, desenvolvido pela fabricante chinesa DJI e importado pela Empresa HUADA AGRÍCOLA COMERCIAL LTDA. É um dos drones de pulverização agrícola mais populares atualmente, sendo capaz de carregar 16 litros de calda e com produtividade de 10 ha/hora.
Lucas Fontoura, responsável técnico pelo processo, explica que mesmo com o crescimento de demanda, a ANAC está muito bem preparada para atender as certificações de RPAS, e o processo tem sido avaliado de forma muito ágil, “este ano a demanda por certificação de drones de pulverização Classe 2 aumentou bastante! O T-16 é o primeiro de uma série de processos que estamos começando”.
CAVE (para uso experimental) ou CAER (para uso comercial) são documentos relativos a uma unidade específica de drone, vinculado ao seu número de série, enquanto a Autorização de Projeto (equivalente a certificação de tipo, para aeronaves tripuladas) é relativa ao projeto. Primeiro obtém-se um CAVE para uma unidade específica, então usamos esta unidade para demonstrar o cumprimento de requisitos do projeto. Cumpridos os requisitos, a ANAC emite a Autorização de Projeto, e com este, o detentor pode solicitar os Certificados para quantas unidades quiser.
Apenas o detentor da Autorização de Projeto (que pode ser o fabricante ou um importador) pode solicitar tais Certificados (CAER – Certificado de Aeronavegabilidade Especial de RPA). “É um diferencial competitivo enorme para o nosso cliente, que o permite explorar outras escalas de negócios, de forma regular. Muitas marcas chinesas não dão exclusividade a importadores, mas deter a Autorização de Projeto acaba sendo uma exclusividade indireta, por ser o único capaz de vender este modelo de forma regular.”
Estudos estimam que já existam dezenas de aeronaves deste modelo (DJI AGRAS T-16) em operação irregular no país, e a ANAC e o MAPA (que recentemente regulamentou as aplicações com drones) estão cada vez mais ativos na fiscalização das operações de pulverização com drone. As irregularidades podem resultar em apreensão da aeronave e multas da ordem de dezenas de milhares de reais. Além disso, muitos importadores têm tido drones classe 2 confiscados pela Receita Federal, ao tentarem importá-las sem cumprir as exigências da ANAC.
“Além da preocupação com a regularização das aeronaves, o processo vai envolver também a qualificação adequada de todos os pilotos que vão operá-las. Não adianta ter uma Ferrari, sem que se possa conduzi-la dentro das regras, o que traz segurança para os compradores das aeronaves e principalmente para os contratantes”, afirma o Cel R1 Vargas.
A T4 Drones presta consultoria especializada sobre certificações e operações complexas, além de ter cursos de operação com o maior nível de excelência, preparando operadores (Pilotos e Observadores) para operarem de forma cada vez mais profissional, acompanhando as demandas do mercado em crescente evolução.
Mais informações:
www.t4drones.com
certificacao@t4drones.com