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Drones são usados para polinização e auxiliam no melhoramento genético de pínus

Aeronave remotamente pilotada já é largamente utilizada para diversas funções no setor florestal, mas para polinização é uma ferramenta nova

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Técnicos e pesquisadores da área de melhoramento genético florestal participaram, no último dia 4 de agosto, de um dia de campo para conhecer equipamentos de polinização com drone, coletor de pólen mecanizado, aplicadores de pólen para pesquisa e unidade móvel de beneficiamento de pólen. Em pauta, o uso destes equipamentos em pomares de sementes clonais de pinus.

A demonstração foi realizada pela Kolecti, parceria exclusiva nos serviços de polinização com drone com a empresa americana Dropcopter. A demonstração foi realizada em área da empresa FRP/Berneck.

Segundo a pesquisadora Ananda Aguiar, da Embrapa Florestas, “a demonstração foi importante porque estes equipamentos viabilizam a polinização massal e o aumento da produção de sementes em pomares de sementes clonais”. Apesar de ser massal, a vantagem de utilizar esse tipo de equipamento é a possibilidade de “inundar” o pomar com pólen de indivíduos selecionados com características desejadas, como produção de madeira ou resina, por exemplo. “Podemos usar pólen externo de um ou mais clones (ou árvores) e até mesmo um mix com as características desejadas”, explica Ananda.  Além disso, é possível direcionar melhor a polinização e reduzir a contaminação por pólen externo. 

Drones para polinização

Drones já são largamente utilizados para diversas funções no setor florestal, mas para polinização é ferramenta nova. O Brasil é um dos primeiros países a adotar essa tecnologia. Nos equipamentos demonstrados hoje, por exemplo, foi adequado um dispositivo com capacidade para quatro litros de pólen, o que viabiliza a polinização massal. “É inovador porque direciona melhor a polinização”, explica Ananda, “e isso evita a contaminação de pólen externo, indesejado. Durante o evento, foram apresentados outros dois equipamentos desenvolvidos pela Dropcopter em parceria com a empresa Kolecti que podem ser usados para coleta e aplicação de pólen de pínus”. 
Geralmente, a coleta de pólen em árvores matrizes e a polinização são feitas de forma mecanizada, com caminhões equipados com cestas aéreas. Com estes equipamentos, é possível contribuir em agilidade, efetividade e segurança nos trabalhos. 

O evento é parte das atividades do Funpinus, projeto cooperativo entre Embrapa Florestas e dez empresas do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, para desenvolvimento de materiais genéticos superiores de pínus para madeira sólida a ser usada por serrarias e laminadoras e para a produção de resina. 

Com informações e imagens da Embrapa Florestas

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