Os ensaios em voo estão entre as etapas mais importantes da Autorização de Projeto de um drone junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). É nesse momento que a aeronave remota deverá demonstrar, na prática, que cumpre com os requisitos de desempenho e segurança exigidos para que a certificação seja concedida ao fabricante ou representante da marca do drone no país.
Os testes muitas vezes levam o drone aos limites de sua operação, e até mesmo simulam casos de falha além de seu envelope de voo convencional. O objetivo, com isso, é minimizar os riscos ao operador, assegurando condições mínimas de segurança baseadas nos requisitos estabelecidos pela Autoridade Aeronáutica. É tudo uma questão de segurança.
De acordo com a Instrução Suplementar (IS) N° E94-001 Rev B, emitida pela ANAC, existem dois momentos para ensaios: (1) os Ensaios de Desenvolvimento são dedicados, como o nome diz, para desenvolvimento, evolução e maturidade do projeto da RPA e (2) os Ensaios de Demonstração de Cumprimento de Requisitos, focados em demonstrar à Autoridade Aeronáutica os aspectos de segurança, previstos na Autorização de Projeto da RPA.
No segundo caso acima, durante a Autorização de Projeto, a própria ANAC pode testemunhar alguns dos ensaios executados – geralmente, os pontos mais críticos do projeto são avaliados presencialmente pela Agência.
Os ensaios vão muito além da execução dos voos. Antes e após os testes, existem pontos fundamentais para o sucesso dos resultados:
1. Proposta de Ensaios: Uma lista de ensaios é proposta à ANAC, e vai assegurar que os testes previstos são adequados para avaliar a RPA nos pontos críticos de projeto.
2. Preparação do Ensaio: A preparação do ensaio inclui um aspecto fundamental – garantir que a configuração da RPA é representativa em relação ao projeto final, incluindo componentes instalados e softwares embarcados na RPA (Aeronave Remotamente Pilotada) e RPS (Estação de Pilotagem Remota).
3. Briefing: No grande dia para os ensaios, é fundamental que o engenheiro de ensaio passe ao piloto os testes e procedimentos a serem executados em voo com a RPA.
4. Relatório de Ensaio: Todos os ensaios, realizados durante uma Autorização de Projeto, são analisados e registrados em um Relatório, incluindo a configuração do Drone durante o voo, os pontos verificados, conclusões e recomendações para o projeto.
No registro do ensaio executado, é fundamental incluir Logs de Voo, fotos e vídeos gravados durante o teste, para boa fundamentação e aceitação junto à ANAC.
Após a avaliação dos resultados, a ANAC pode solicitar para acompanhar algum (ou alguns) dos ensaios presencialmente – na Aviação, esse procedimento é denominado Find Compliance, onde a Autoridade Aeronáutica presencia a execução dos testes.
Os requisitos de segurança para Drones, exigidos pela ANAC nos ensaios, envolvem demonstrações do envelope de operação da aeronave remota, desempenho e características de voo, além de simulação de casos de falha como: perda de enlace C2 (comunicação entre RPA e RPS), perda da capacidade de navegação, perda de sensores embarcados e saída da area autorizada para voo.
Falhas críticas também podem ser exigidas, a depender do nível de risco da aeronave, como perda do sistema elétrico, terminação de voo e sistemas de redução de impacto (paraquedas, por exemplo).
Conhecimento Aeronáutico aplicado aos Drones
A empresa AL Drones, especialista em Projeto & Certificação de Drones, conduz as etapas de ensaio para os Drones na Autorização de Projeto. “Para o sucesso dos Ensaios em Voo, a segurança é fator primordial”, atesta André Arruda, cofundador e sócio da empresa. “Realizamos uma análise de risco para os voos de ensaio das RPAs, de maneira muito similar à Aviação tripulada”.
As aeronaves remotas (RPAs) profissionais são equipamentos que apresentam risco para pessoas em solo e aeronaves no Espaço Aéreo e, por isso, a segurança de operação é fundamental.
Caso os ensaios exijam voos além do alcance visual do piloto (BVLOS, Beyond Visual Line of Sight), deve ser emitido um Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) para o protótipo de ensaios. O voo BVLOS, ainda, requer a emissão de um NOTAM, aprovado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) para operação da RPA no local.
A execução dos ensaios em voo, fundamental na Autorização de Projeto ANAC, deve ser realizada por uma equipe com conhecimento sobre os aspectos do drone e da operação. “Os ensaios em voo executados pela AL Drones são propostos com muito critério à ANAC, para avaliação efetiva da segurança do projeto”, alega Lucas Florêncio, sócio e também cofundador da Companhia. “É um grande diferencial da empresa, conduzindo as Autorizações ANAC com uma equipe com mais de 10 anos de experiência na certificação de aeronaves comerciais”.
A AL Drones tem trabalhado com a indústria de ponta das aeronaves não tripuladas. Um desses exemplos é a Speedbird Aero, pioneira da logística aérea não tripulada no país. A operação profissional priorizada pela Speedbird requer as Autorizações de Projeto perante a ANAC, para voos em longa distância.
A família eBee, fabricada pela SenseFly e representada no Brasil pela Santiago & Cintra Geotecnologias, também foi certificada pela AL Drones para operação BVLOS no país, com 5 modelos já autorizados pela ANAC.
“Além dos Projetos já autorizados, a AL Drones trabalha atualmente com nove novos modelos, cujos Drones estão em estágio de desenvolvimento ou de certificação junto à ANAC”, alega André Arruda. “O setor está crescendo no Brasil e no mundo, e estamos conduzindo os Drones ao nível de profissionalismo da Aviação”, explica.
A AL Drones conta com uma Equipe composta por engenheiros e pilotos da Indústria Aeronáutica, especialistas em Ensaio e Certificação que passaram por grandes empresas da aviação, como EMBRAER, AIRBUS e LATAM Linhas Aéreas.
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