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Petrópolis mostra necessidade do uso da tecnologia para evitar desastres naturais

Tecnologia de Informações Geográficas oferece dados de satélites e pode ser utilizada para análises, planejamento urbano e monitoramento de áreas de risco

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A chegada do verão trouxe chuvas intensas que vêm sendo acompanhada por um alto número de desastres naturais, como deslizamentos de terra, enchentes e alagamentos. A tragédia de Petrópolis, que ocorreu no último dia 15, continua com buscas na região e risco de chuvas nos próximos dias, já tendo sido registrados mais de 200 mortes. A Região Serrana do Rio de Janeiro teve cerca de 1800 ocorrências, a maior parte de deslizamentos, além de alagamentos em diferentes pontos da cidade.

Um dos principais motivos da tragédia é a alteração climática que causou um grande volume de chuva em um curto período de tempo. Choveu cerca de 260 milímetros em apenas seis horas, quantidade prevista para todo o mês de fevereiro. “Além disso, temos em paralelo o crescimento populacional acelerado nessas regiões que, junto a falta de planejamento urbano, leva as pessoas a morarem em áreas de risco como encostas de morros, margens de rios e córrego”, explica Daniel Henrique Candido, Doutor em Análise Ambiental e Dinâmica Territorial e especialista em Recursos Naturais da Imagem Geosistemas.

É preciso entender as causas e consequências dos acidentes que vêm ocorrendo para atuar na mitigação dos impactos com as ferramentas necessárias. Atualmente existem tecnologias capazes de oferecer monitoramento e análises para criar um melhor planejamento urbano, localizar áreas de risco e captar modelos climáticos, o que ajuda a prever e evitar desastres naturais e propiciar proteção à eventuais ocorrências. É o caso da tecnologia GIS (Sistema de Informações Geográficas), que realiza análises e monitoramentos através de imagens de alta resolução de satélites, radares orbitais e equipamentos de medição de calor e posicionamento.

“No caso de Petropólis, A tecnologia GIS permitiria acompanhar a acumulação das chuvas e efetuar cruzamentos entre informações distintas como previsão do tempo para as próximas horas, chuva acumulada, deslocamento das células de tempestade pelo radar e localização das áreas de risco. O sistema pode inclusive indicar a quantidade de moradores existentes em cada setor de risco para auxiliar a dimensionar eventuais ações de evacuação após a emissão de alertas pela Defesa Civil local”, explica Daniel. A tecnologia também permite o mapeamento e a organização do município diante da elevação do nível dos rios, indicando rotas de fugas e evitando enchentes.

Portanto, é possível notar que o uso de novas tecnologias como solução para a prevenção e compreensão de recorrências naturais é de extrema importância, e, ainda que necessite de um investimento maior, acaba se revertendo em uma economia a médio e longo prazo. É o que foi levantado até mesmo pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 2019, visto que para cada dólar investido em prevenção de desastres, há uma economia de seis dólares que seriam gastos futuramente em ações de reparação dos danos decorrentes do problema.

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