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OrionAST aposta em Alcântara para lançar satélites voltados à análise de lixo espacial

Empresa americana fundada em 2013 foi selecionada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para usar a plataforma de Lançador Suborbital do Centro Espacial de Alcântara (CEA)

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Um dos grandes desafios do segmento espacial é como lidar com fragmentos de foguetes e satélites e equipamentos inoperantes que orbitam a Terra sem nenhuma utilidade. O tema do lixo espacial é tão preocupante que nos últimos anos foram abertas diversas empresas com o foco na identificação e no acompanhamento desses objetos.

Uma delas é a OrionAST, selecionada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para operar a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no estado do Maranhão, no Nordeste brasileiro. A participação da empresa é consequência da abertura do CEA à iniciativa privada por meio do Edital de Chamamento Público de 22 de maio de 2020.

A OrionAST ainda não forneceu muitos detalhes a respeito de como será a operação da empresa em Alcântara, nem quando isso deverá ocorrer. Antes disso, de qualquer maneira, a empresa terá de assinar o contrato com a Força Aérea Brasileira (FAB) para que tenha acesso a bens e serviços na CEA.

O que já está definido é que a futura operação da OrionAST será na plataforma de Lançador Suborbital, destinado para lançamentos de porte médio para órbitas de até 200 quilômetros de altitude.

Fundada em 2013, a companhia americana se dedica desde então ao desenvolvimento de soluções e tecnologias para reduzir os riscos em relação aos detritos espaciais. Para isso, está criando uma arquitetura de nanossatélites capazes de identificar e analisar os riscos gerados pelos fragmentos espaciais.

A arquitetura da OrionAST consistirá, inicialmente, em seis satélites desenhados para detectar objetos no espaço. A partir disso, cada detrito identificado será catalogado e analisado. Se houver a possibilidade de colisão com satélites de empresas parceiras da OrionAST, o sistema indicará os riscos e as melhores soluções para que a colisão seja evitada.

Além do lixo espacial

Apesar de ser a principal, a identificação de detritos espaciais não é a única solução dos satélites da empresa. Eles também são projetados para oferecer a partir da mesma estrutura e equipamentos outros tipos de serviço, como telecomunicações e monitoramento ambiental e de emergência, como incêndios florestais e enchentes.

Com isso, o mesmo parceiro poderá contratar soluções distintas, reduzindo o custo operacional. E dessa maneira, de acordo com a OrionAST, essa tecnologia fará uma ponte extensiva de soluções globais em diversos segmentos do mercado.

Entre os primeiros clientes da OrionAST está o governo da Etiópia, que assinou um Memorando de Entendimento com a empresa para desenvolver a indústria espacial no país africano, bem como para usar serviços e produtos gerados a partir dos satélites que serão lançados.

A expectativa do governo etíope é que a OrionAST aumente a capacidade local de promover políticas públicas com base em dados espaciais, especialmente nos segmentos de agricultura, meio ambiente, prevenção e combate a desastres naturais e monitoramento de situações de emergência.

“O Memorando de Entendimento é um marco que será histórico tanto para os Estados Unidos quanto para a Etiópia. Ele representa muita esperança e oportunidade para a Etiópia se tornar líder na indústria espacial por meio de nossa empresa.”

Alexander Alvin, presidente e CEO da OrionAST.

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