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Nova corrida espacial impactará positivamente os setores de telecomunicações, transportes, energia e alimentos

Para especialista do IEEE, há múltiplas e promissoras oportunidades no Brasil, como a maior demanda por sistemas de comunicação via satélite para conectividade agrícola e monitoramento ambiental em áreas gigantescas

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Os avanços na engenharia com a nova corrida espacial, especialmente na última década, criam inúmeras oportunidades de negócios. E haverá muitos benefícios para humanidade, assegura Raul Colcher, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), a maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade. A produção de alimentos e de energia, as infraestruturas de transportes e telecomunicações serão aprimoradas e terão menor custo, em decorrência de pesquisas e programas no campo espacial.

“Um dos resultados do desenvolvimento tecnológico na exploração espacial será o aumento da produção de alimentos, com maior segurança alimentar nas regiões pobres do planeta. Nossos netos terão outro tipo de agricultura. Viagens de longa distância podem se tornar mais rápidas e baratas. Os serviços de segurança pública e defesa contra atividades terroristas serão eficientes e confiáveis. A coleta sistemática e massiva de dados – associados à exploração do espaço – e o seu tratamento por sistemas de inteligência artificial tendem a proporcionar enormes ganhos de eficiência em processos, em praticamente todos os cenários da atividade humana”, prevê Colcher, sócio e presidente da Questera Consulting.

A mobilidade humana dará um grande salto nos próximos dez, 20 anos, considera o especialista. O deslocamento em altas velocidades de pessoas e cargas através cápsulas pressurizadas inseridas em tubos, provavelmente, serão realidade, a partir do avanço da engenharia. “Também é possível pensar em viagens com veículos semelhantes a drones com pouso e decolagem vertical, como na série Os Jetsons”, diz Colcher.

No Brasil, descreve Colcher, existe a necessidade de monitoramento ambiental em áreas gigantescas, como a Floresta Amazônica, a difusão e melhoria dos serviços de posicionamento geográfico via satélite para aplicações de mobilidade, em cidades e rodovias, e o aproveitamento de condições geográficas favoráveis para o lançamento de satélites, em bases já existentes. “Por outro lado, com a redução progressiva de custos, existe oportunidade no Brasil para a intensificação da pesquisa e o desenvolvimento associados a pelo menos alguns nichos na produção de bens e serviços emergentes relacionados à exploração espacial”.

Ele reforça que construir redes globais de telecomunicações foi e continua sendo uma das principais motivações para o lançamento de satélites. Eram, inicialmente, geoestacionários, mas surgiram demandas para lançar sistemas envolvendo um maior número de satélites em órbita baixa. “Há inúmeras iniciativas desse tipo para aplicações específicas, como a formação de redes massivas de sensores e atuadores em aplicações IoT. A conjugação destes sistemas com malhas terrestres, usando 5G e, mais adiante, 6G, tende a produzir conjuntos com mais funcionalidades e versatilidade, maiores velocidades, menores latências. Praticamente todas as tecnologias incluídas na chamada transformação digital encontram ampla aplicação no ambiente de exploração espacial”, afirma.

Com informações do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE)

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