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DECEA: Evolução no tráfego de helicópteros vai ajudar a integrar eVTOLs ao espaço aéreo

Departamento de Controle do Espaço Aéreo pretende melhorar a operação dos helicópteros para permitir que a Mobilidade Aérea Urbana seja lançada de forma mais harmônica e natural nos próximos anos

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O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) pretende usar os helicópteros como base para a integração dos eVTOLs, as aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical, ao espaço aéreo dentro do conceito de Mobilidade Aérea Urbana (UAM, na sigla em inglês). É o que afirma o Capitão Márcio André da Silva, especialista em Controle de Tráfego Aéreo e gerente do Projeto UAM do DECEA.

“O que pudermos fazer de melhor para evoluir a operação de helicópteros mantendo a segurança, já consiste em uma ação preparatória para o eVTOL. Quando o eVTOL vier, já vai usufruir dessas melhorias, mas, claro, sempre pensando em uma metodologia progressiva”, disse André durante live de aquecimento para o Expo eVTOL 2024, organizado pela MundoGEO, e que será realizado entre 22 e 23 de maio no Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo, em São Paulo (assista abaixo à íntegra do evento online).

Organização do espaço aéreo para os eVTOLs

Foi nesse sentido que o DECEA lançou a Concepção de Operações UAM Nacional, um documento no qual coloca as bases para a futura operação dos eVTOLs no Brasil. O texto da DCA 351-7 está aberto para contribuições da sociedade até 31 de março de 2024.

“A ideia do documento não é criar uma regra engessada ou fria. Pelo contrário. A ideia é trabalhar de maneira colaborativa com os participantes e comunidade para termos um respaldo normativo”, garantiu.

Segundo o representante do DECEA, o aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e os heliportos da área de São Paulo deverão ser usados como grandes laboratórios para estudar melhor o tipo de operação que se desenha para os eVTOLs. Para isso, o órgão pretende lançar um projeto piloto para fazer isso de forma organizada e adequada, contando com a colaboração dos atuais operadores de helicópteros.

“Do ponto de vista do provedor de serviço de navegação aérea, há um desafio. A capacidade das empresas de adquirir tecnologia é mais rápida do que a velocidade do provedor de serviço de navegação aérea em fazer o incremento da infraestrutura”, ressaltou. “Então, embora não tenhamos adquirido os equipamentos, é importante saber quais serão os passos necessários para permitir a escalabilidade dos eVTOLs”, prosseguiu.

Como será o controle de tráfego aéreo dos eVTOLs?

O acréscimo dos eVTOLs ao espaço aéreo vai demandar novas abordagens para o controle de tráfego, não só entre os próprios veículos, como também com helicópteros e aviões nas áreas próximas aos aeroportos. O certo é que não há viabilidade no uso de radares tradicionais, já que essa solução não é eficiente para detectar alvos em baixa altura. Por isso, o DECEA já vislumbra a introdução e expansão de soluções ADS-B (Transmissão de Vigilância Dependente Automática) para manter um nível de vigilância dos eVTOLs.

Mesmo assim, é possível que outras soluções sejam implementadas, dependendo da quantidade de eVTOLs voando em uma mesma região. “Embora o ADS-B possa ser utilizado, ele vai até uma determinada escala. Quando a escalabilidade se torna muito alta, demanda-se um equipamento mais moderno”, comentou o Capitão Márcio André da Silva.

O apoio na tecnologia, segundo o DECEA, será fundamental para a escalabilidade da Mobilidade Aérea Urbana. Isso porque não há como depender exclusivamente de controle de tráfego aéreo feito por seres humanos. “Esse tipo de controle tem um limite. A escalabilidade faz com que haja a necessidade de desenvolvimento de novos sistemas que permitirão fazer a gestão de movimentos aéreos sem a intervenção humana tática permanente”, disse.

Até por essa razão, a comunicação por voz entre piloto e controladores de voo não deve funcionar de forma adequada com o incremento de muitos voos. Isso ficou claro em 2021 durante testes realizados no Rio de Janeiro com a Eve Air Mobility e outros parceiros. Na ocasião o DECEA participou e concluiu que o uso da voz é um fator limitante. “Vamos precisar dosar o local de aplicação e a correspondente infraestrutura necessária inicial e para a escalabilidade”, concluiu o gerente do Projeto UAM no DECEA.

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