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7 tecnologias para auxiliar na recuperação e prevenção de áreas atingidas por enchentes

Especialista ressalta que investir em sistemas de drenagem inteligente, reservatórios de retenção e infraestrutura verde pode proteger as comunidades de eventos extremos

05.05.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Sobrevoo em Canoas, Canoas - RS.

 Foto: Ricardo Stuckert / PR

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A recente tragédia de enchentes no Rio Grande do Sul evidenciou a necessidade de adotar medidas eficazes para a recuperação das áreas afetadas e a prevenção de futuros desastres naturais. As enchentes causaram danos significativos às comunidades, infraestrutura e ao meio ambiente, destacando a importância de uma gestão eficiente das águas pluviais através de tecnologias especializadas.

Para a CEO da NeoAcqua, Sibylle Muller, a aplicação de tecnologias coordenadas é essencial não apenas para a recuperação das áreas impactadas, mas também para a construção de uma infraestrutura resiliente.

“Investir em sistemas de drenagem inteligente, reservatórios de retenção e infraestrutura verde pode salvar vidas e proteger as comunidades. A aplicação dessas inovações é indispensável para evitar novos desastres e reduzir impactos por chuvas e inundações”,

explica.

A seguir, Sibylle reuniu algumas das tecnologias e providências  que podem ser implementadas para auxiliar na recuperação pós-enchente e prevenir futuros desastres:

  1. Sistemas de Drenagem Inteligente: Utilizando sensores e a IoT (Internet das Coisas), esses sistemas monitoram e controlam o escoamento de água em tempo real. Eles medem os níveis de água, podem detectar entupimentos e acionar bombas e comportas automaticamente, garantindo a eficiência do escoamento e prevenindo inundações localizadas.
  2. Reservatórios de Detenção e Retenção: Esses reservatórios, subterrâneos ou a céu aberto, armazenam grandes volumes de água durante chuvas intensas, liberando-as lentamente para evitar sobrecarregar os sistemas de drenagem. Essa técnica ajuda a controlar o fluxo de água e a reduzir o risco de enchentes.
  3. Infraestrutura para retenção de águas de chuva: Soluções como telhados verdes, jardins, praças, parques ajardinados  e canteiros com plantas e árvores, pavimentos permeáveis, pisos com elementos  vazados com grama no meio e áreas de infiltração podem absorver e reter a água de chuva antes que ela atinja os sistemas de drenagem urbana, reduzindo o volume de água superficial e a carga sobre a infraestrutura existente.
  4. Sistemas de separação de sólidos: Dispositivos colocados na saída da tubulação de águas pluviais, antes da entrada para a rede pública de drenagem e que tem a finalidade de separar e reter sólidos grosseiros e impedi-los de entrar na tubulação de modo a evitar entupimentos da rede e o assoreamento dos corpos d’água receptores (rios, lagos e represas). Sólidos grosseiros, se não retidos, podem criar obstáculos na rede de drenagem urbana, não permitindo o escoamento da água, podendo causar enchentes à montante da obstrução. Corpos d’água assoreados apresentam menor altura de lâmina d’água para escoamento, podendo causar o aumento do nível da água a ser escoada, com possibilidade de extravasão nas margens e consequentemente de enchentes.
  5. Modelagem Hidrológica e Previsão de Chuvas: Utilizando modelos hidrológicos avançados e previsões meteorológicas, é possível prever eventos de chuvas intensas e tomar medidas preventivas, como ativar sistemas de bombeamento ou esvaziar reservatórios, mitigando os impactos das enchentes.
  6. Monitoramento e Alerta Precoce: Sistemas de monitoramento contínuo dos níveis de rios, canais e bueiros, combinados com sistemas de alerta precoce, avisam a população e autoridades sobre riscos iminentes de enchentes, permitindo uma resposta rápida e eficaz.
  7. Sistemas de Reciclagem de Reuso de Água Pluvial: Infraestruturas que capturam, tratam e aproveitam a água da chuva para uso em fins não potáveis e assim reduzem a quantidade de água que precisa ser gerenciada pelos sistemas de drenagem, aliviando a pressão durante eventos de precipitação intensa.

“Essa implementação requer um esforço coordenado entre governos, empresas e a sociedade, destacando a necessidade de políticas públicas eficazes e investimentos contínuos em infraestrutura e educação. A adoção dessas medidas pode transformar a gestão de águas urbanas e garantir que as cidades estejam preparadas para enfrentar eventos climáticos extremos”,

finaliza a especialista.

Com informações da NeoAcqua


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