O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, na última quinta-feira (10), o evento de lançamento da Plataforma de Acompanhamento da Recuperação Ambiental (Recooperar), uma ferramenta digital inovadora para a gestão, acompanhamento e divulgação de informações relativas às áreas degradadas passíveis de restauração ambiental.
A iniciativa faz parte do esforço contínuo do Instituto em promover a regeneração de ecossistemas danificados por crimes ou incidentes ambientais, como desmatamento ilegal, incêndios florestais e ocupações irregulares em áreas protegidas, além de área de plantio compensatório.
Instituída pela Instrução Normativa nº 9/2024 e desenvolvida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima), do Ibama, a Recooperar permitirá que a autarquia e outras instituições federais mantenham um banco de dados robusto, focado na localização e no acompanhamento de áreas que precisam de recuperação. Possibilita, ainda, o acesso a informações detalhadas sobre essas regiões, incluindo dados geográficos sobre biomas, unidades de conservação, terras indígenas e territórios quilombolas.
“Esse é um sistema que nasce no Ibama, mas não pode ficar só aqui, pois é uma plataforma para a sociedade brasileira. Não só para a sociedade civil poder cobrar, mas para o poder público municipal e estadual estarem presentes, e todo mundo ter um olhar da perspectiva da restauração, porque sozinhos não iremos para lugar nenhum”,
afirmou Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, que esteve na mesa de abertura do evento.
O implemento da plataforma visa ao mapeamento, à gestão e ao acompanhamento integrado dos locais mais atingidos pela degradação do meio ambiente, estimulando a criação de ações, estruturação e divulgação dos planos para a recuperação dessas áreas, como explica Joenia Wapichana, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que também compôs a mesa de abertura:
“Estamos no tempo de preparar uma recuperação. Essa ferramenta será estratégica para fazer um planejamento de ações, não só do Ibama, como também da Funai, do ICMBio, de ONGs que atuam na preservação ambiental e da própria sociedade brasileira.”
Perspectivas de reparação
Como explicou o presidente do Ibama, o dever de reparar o dano não prescreve. Para ele, o olhar para a recuperação ambiental deve ter uma perspectiva semelhante a quando o Instituto emite uma Autorização de Supressão de Vegetação (ASV), no âmbito do licenciamento, em que a compensação ambiental precisa ocorrer. Além disso, a nova ferramenta não apenas facilitará a comunicação entre diferentes instituições governamentais, mas também incentivará a transparência, permitindo que qualquer cidadão tenha acesso às informações sobre áreas degradadas e aos esforços de recuperação em andamento.
O sistema fornecerá ao público um painel dinâmico com atualizações sobre o status das áreas em processo de recuperação, por meio da Plataforma de Análise e Monitoramento Geoespacial da Informação Ambiental (Pamgia).
Durante o evento de lançamento, também participaram da mesa de abertura o vice-presidente do Instituto Chico mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Marcelino, a diretora do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Fabíola Marono Zerbini e, pelo Ibama, a diretora de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo), Livia Karina Passos Martins, o coordenador-geral de Recuperação Ambiental, Hélio Sydol, e a coordenadora-geral do Cenima, Nara Vidal Pantoja.
Com informações e imagens do Ibama
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