publicidade

IBGE lança novo Portal com Banco de Nomes Geográficos do Brasil

A base de dados reúne os nomes geográficos das categorias hidrografia, relevo, limites e localidades contidos, principalmente, nas bases cartográficas vetoriais contínuas produzidas pelo Instituto, em diferentes escalas cartográficas

publicidade

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou o novo Portal do Banco de Nomes Geográficos do Brasil – Portal BNGB.

O Banco de Nomes Geográficos do Brasil (BNGB) reúne, atualmente, os nomes geográficos das categorias hidrografia, relevo, limites e localidades contidos, principalmente, nas bases cartográficas vetoriais contínuas produzidas pelo IBGE, em diferentes escalas cartográficas.

Sua criação teve como principais objetivos subsidiar a padronização dos nomes no âmbito do IBGE e disseminar para a sociedade um ambiente exclusivo para consulta dos nomes geográficos brasileiros.

O Portal BNGB permite pesquisas por nome geográfico ou palavra/termo, por categoria e/ou classe de informação, por escala cartográfica, por status de validação, por município, por recorte espacial, dentre outras.

Interface do Portal BNGB apresentando resultado de consulta

O Portal BNGB está disponível em: Banco de Nomes Geográficos do Brasil.

Taíssa Abdalla, tecnologista da Gerência de Inovação e Desenvolvimento, do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE e desenvolvedora do Portal BNGB, destaca:

“Foi um projeto interessante do ponto de vista do design de interação e experiência do usuário. Durante a fase de design foram desenvolvidos uma série de protótipos interativos, com o objetivo de criar uma interface simples, contemporânea e responsiva, que atendesse a todos os critérios estabelecidos pela Gerência de Nomes Geográficos, comunicasse de forma eficiente o conteúdo do BNGB e possibilitasse ao usuário interagir com o mapa e os nomes geográficos dispostos nele”.

Conjuntamente ao Portal BNGB, foi desenvolvida uma API (Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações), “com o objetivo de viabilizar o consumo das informações do BNGB pelo Portal de maneira simples e segura”, conforme relata a desenvolvedora desta API, Viviane Diniz, chefe do setor de Gestão de Dados Geoespaciais, da Gerência de Controle de Qualidade da Coordenação de Cartografia.

Diniz ainda enfatiza:

“Seria um desperdício não oferecer mais este recurso de acesso aos dados do BNGB para a sociedade, em especial para os desenvolvedores de sistemas, pois como os resultados das consultas são apresentados em formato que a maioria dos softwares é capaz entender e processar, a API amplia as possibilidades de interoperabilidade do BNGB com outras aplicações”.

Interface da documentação da API BNGB

A API BNGB está publicada no endereço: Serviço de Dados do IBGE.

O que são nomes geográficos?

Os nomes geográficos estão presentes no dia a dia e sua importância é percebida ao respondermos questões simples como: “Onde você mora?”, “Onde vai passar as férias?”, “Em que estação do metrô devo saltar?”

Os topônimos, como também são chamados os nomes geográficos, possuem, na maioria das vezes, um termo genérico e um termo específico, como “Serra Pelada”, onde Serra é o termo genérico e Pelada é o termo específico. O termo genérico identifica o “tipo” de feição e o termo específico a particulariza.

“Os nomes geográficos não têm apenas a função de identificar as feições geográficas, pois a análise dos nomes pode revelar muitas informações sobre os padrões de ocupação de um local, que povos ali viveram, que língua(s) falavam e da mesma forma, é possível identificar padrões de produção econômica e até o tipo de vegetação que existia em determinado local”,

explica Ana Resende, gerente da Gerência de Nomes Geográficos, da Coordenação de Cartografia.

Como exemplo, podemos citar a grande variedade de nomes relativos ao tropeirismo ao longo das rotas dos tropeiros no Sul do Brasil, São Paulo e Minas Gerais, as várias localidades e cursos d’água que receberam nomes de famílias imigrantes polonesas e italianas em Irati (PR) e rios em todo o Brasil com nomes de peixes que eram (ou ainda são) pescados em abundância em suas águas.

De acordo com Resende, “considerando que muitos desses nomes surgiram como descrições das feições ou locais que nomeiam, fica claro que estamos tratando de um material de grande valor histórico. Assim, mesmo os nomes mais recentes fazem parte da identidade local e reforçam o sentimento de pertencimento, constituindo uma porção significativa da memória e do patrimônio cultural coletivos, funcionando como marcadores sociais”.

Ana Resende destaca que a grande vantagem de um banco de nomes geográficos é “ter reunido em um só lugar as informações sobre os nomes, de forma a facilitar a pesquisa, o tratamento, a análise e a padronização desses nomes”.

Segundo Graciosa Moreira, chefe do Setor de Gestão do BNGB, da Gerência de Nomes geográficos, hoje o BNGB possui 150.813 nomes geográficos, dos quais 48.263 foram validados, isto é, 22.309 foram validados pelos especialistas em nomes geográficos e 25.954 foram validados pelo processo semiautomatizado de compatibilização entre as bases cartográficas vetoriais do IBGE.

Moreira faz questão de chamar atenção para o fato que:

“O trabalho de compatibilização dos nomes das diferentes fontes de informação e formas de coleta, é um processo contínuo e trabalhoso, dadas as dimensões continentais do Brasil e a diversidade cultural do nosso país”, e que “muito ainda precisa ser realizado para que, futuramente, o BNGB contemple os aspectos históricos, linguísticos, culturais e as abonações das validações realizadas”.

Resende pontua que “o trabalho contínuo de compatibilização dos nomes geográficos constantes das bases cartográficas vetoriais do IBGE refletirá no progressivo aumento da qualidade e da consistência dos nomes nele disseminados, para uso do IBGE, de instituições que lidam com nomes geográficos direta ou indiretamente, bem como pela sociedade em geral, para diversos propósitos”.

“O uso consistente dos nomes geográficos em um país tem vantagens em diversos campos de atividades, além da questão cultural já abordada, evitando equívocos e duplicação de trabalho, trazendo economia de tempo e recursos e maior eficiência”,

afirma Leila Oliveira, coordenadora da Coordenação de Cartografia, da Diretoria de Geociências do IBGE.

Para complementar sua fala, Oliveira cita que “algumas das áreas favorecidas pelo uso consistente dos nomes geográficos são as agências estatísticas que baseiam seus censos populacionais e pesquisas sociais sobre lugares povoados nominados; órgãos governamentais responsáveis pelo estabelecimento de divisas territoriais e solução de disputas territoriais e aqueles responsáveis pelo planejamento urbano e rural; autoridades da lei e da ordem, tais como a polícia, as forças armadas e serviços de emergência, como os bombeiros e redes de ambulâncias, equipes de resgate aéreo e marítimo e agências de ajuda humanitária que precisam responder rapidamente aos acontecimentos em algum local; o mundo corporativo, no desenvolvimento de marcas, em especial as Indicações Geográficas e várias outras; Autoridades de turismo que atendem aos mercados nacionais e internacionais e que promovem atrações nominadas, hotéis, restaurantes e outros, bem como a mídia, na cobertura de eventos”.

Com informações e imagens do IBGE


Receba notícias sobre Drones, Geo, Espaço e eVTOLs no WhatsApp!

Siga nossas redes sociais de Drones, Geotecnologias, Espaço e eVTOLs

Para obter seu ingresso na feira ou inscrever-se nos cursos, seminários e fóruns dos eventos que acontecem de 3 a 5 de junho em São Paulo (SP), acesse:
DroneShow Robotics, MundoGEO Connect, SpaceBR Show e Expo eVTOL

Destaques da última edição:

2024 Feiras/Exhibitions Droneshow, MundoGEO Connect, SpaceBR Show e Expo eVTOL
publicidade
Sair da versão mobile