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Drones, robôs e ‘ChatGPT do Agro’: novidades para o setor

Soluções inovadoras aliam inteligência artificial, monitoramento remoto e práticas sustentáveis em um momento de forte expansão do agronegócio brasileiro

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O agronegócio nacional deve experimentar um salto expressivo em 2025, com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projetando um crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor. O desempenho está diretamente relacionado ao avanço da produção primária — especialmente de grãos —, ao fortalecimento da indústria de insumos e ao impulso da agroindústria exportadora.

Ainda segundo a CNA, a expectativa é de que a receita global do agronegócio chegue a R$ 1,43 trilhão em 2025, um crescimento de 7,4% em comparação a 2024. Desse montante, R$ 937,55 bilhões devem vir especificamente do segmento agrícola, em clara recuperação após a quebra de safra do ano anterior.

As projeções otimistas encontram respaldo nos números divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima uma safra de 322,42 milhões de toneladas de grãos para o mesmo período.

O volume reforça a posição do Brasil como um dos maiores fornecedores globais de alimentos, mas também acende o alerta para desafios como expansão de área cultivada, práticas sustentáveis e aumento dos custos de produção. Pesquisas da própria CNA ressaltam a necessidade de estratégias para assegurar a sustentabilidade econômica, sobretudo diante do encarecimento de insumos e das oscilações climáticas.

A relevância desse cenário transcende as fronteiras nacionais. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção mundial de alimentos terá de crescer 50% até 2050, em comparação aos níveis de 2012, para suprir a demanda global. Esse aumento exigirá, no mínimo, 35% a mais de água doce, considerando que a agricultura — aliada a outros setores econômicos — já responde por 72% das captações mundiais de recursos hídricos.

Diante dessas perspectivas, a modernização do campo brasileiro aparece como fator essencial para equilibrar maior produtividade e menor impacto ambiental.

ChatGPT do Agro

É nesse contexto que surge o Turing, um ecossistema de soluções tecnológicas apelidado por seus desenvolvedores de “ChatGPT do Agro”, graças à capacidade de analisar dados em tempo real e aprender com padrões agronômicos e climáticos.

A plataforma, criada pela Psyche Aerospace, integra inteligência artificial, monitoramento via drones autônomos, robôs de solo e um aplicativo central que processa informações de clima, solo, umidade e pragas.

Segundo o CEO e fundador da Psyche, Gabriel Leal, de 24 anos, a proposta nasceu da observação das necessidades mais urgentes do agronegócio brasileiro.

“O Brasil precisa olhar para o agro com a mesma importância que o produtor enxerga quando planta e colhe. Estamos falando de um setor que leva comida à mesa de milhões de pessoas. É inexplicável que, até agora, ninguém tenha lançado algo nessa escala, unindo softwares e hardwares desenvolvidos integralmente no país.”

Drone Harpia P-71

Além do aplicativo em si, o ecossistema conta com uma série de equipamentos desenhados do zero. Em São José dos Campos, polo aeronáutico brasileiro, a empresa conduz testes do Harpia P-71, maior drone de pulverização do mundo para uso agrícola, e também de uma nova versão ainda mais robusta e maior, batizada de Hidra.

Desde o primeiro voo do Harpia, ocorrido em 6 de março, a fase de validação inclui prototipagem, ajustes de sensores e aprimoramentos estruturais, buscando garantir segurança, estabilidade e eficiência em cenários de alta demanda no campo.

“São meses de aprimoramento, mas estamos próximos de ver esse gigante em ação real. Não podemos arriscar nenhuma falha, pois cada componente foi criado do zero. Essa estrutura gigante e 100% nacional vai operar de forma confiável e sustentável em grandes propriedades”,

diz Leal.

Paralelamente, no novo escritório da Psyche em Campinas, cidade conhecida como o “Vale do Silício brasileiro”, uma equipe de PhDs trabalha especificamente no desenvolvimento e aperfeiçoamento do Turing. É lá que algoritmos avançados de inteligência artificial são criados e integrados, consolidando a proposta de unificar dados de clima, solo, aplicação de insumos e análise de pragas em uma única plataforma.

Segundo Leal, esse é o coração da iniciativa:

“Com o Turing, o produtor não precisa mais esperar semanas por um laudo ou jogar insumos sem a devida análise. Temos 300 novos cadastros diários de produtores interessados em evoluir suas operações com dados concretos. É uma demonstração de que estamos suprindo uma lacuna de mercado gigantesca.”

Outro ponto-chave para alavancar a competitividade do agronegócio é a chegada do professor e maior pesquisador sobre Inteligência Artificial no Brasil, Anderson Rocha, à companhia como AI Advisor, consolidando uma parceria que posiciona o Brasil na vanguarda do uso de IA no campo.

“O impacto dessa inovação será profundo. O Brasil, como uma das maiores potências agrícolas do mundo, se consolidará no cenário global ao alavancar tecnologias de ponta. Soluções como o Turing fortalecerão a competitividade, promoverão práticas agrícolas responsáveis e posicionarão o país como líder em inovação no setor”,

enfatiza o professor.

Ele reforça ainda que o lançamento da tecnologia alinha-se diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

“Ao contribuir para a agricultura sustentável (ODS 2), a produção responsável (ODS 12) e a adaptação às mudanças climáticas (ODS 13), o Turing será um passo essencial para enfrentar desafios globais, como a segurança alimentar e a conservação ambiental”,

complementa Rocha.

De fato, a falta de precisão no controle de insumos e no monitoramento de pragas pode resultar em perdas expressivas, tanto econômicas quanto ambientais. Estudos da Embrapa indicam que até 15% da produção anual pode ser comprometida por essas falhas. No meio do caminho, muitos produtores ainda utilizam métodos analógicos e diagnósticos espaçados, o que onera a tomada de decisão e gera desperdícios de água e defensivos químicos.

A proposta da Psyche é atualizar esses processos e torná-los acessíveis a todos os perfis de propriedades, de pequenas áreas familiares a grandes conglomerados exportadores.

“Queremos mostrar que o conhecimento científico e a capacidade de inovação podem dar um salto em toda a cadeia produtiva. O produtor não pode mais esperar dias ou semanas por análises de laboratório ou aplicar insumos às cegas. Estamos aqui para transformar o agro brasileiro em um exemplo de competitividade e responsabilidade ambiental”,

conclui Leal.

Lançamento!

O lançamento oficial do ecossistema Turing está previsto para o dia 28 de janeiro, na Experience House, em São Paulo (SP). A ocasião reunirá produtores, investidores e diversos stakeholders do agronegócio, todos interessados em conhecer como drones autônomos, robôs de solo e algoritmos avançados de IA podem inaugurar uma era de maior eficiência e menor desperdício nas lavouras.

Caso o projeto corresponda às expectativas, o Brasil pode não apenas ampliar sua projeção internacional como grande fornecedor de alimentos, mas também consolidar um modelo produtivo mais resiliente diante das incertezas climáticas e das pressões por sustentabilidade.

Para mais informações: https://psycheaerospace.com

Com informações e imagens da Psyche Aerospace


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