O Centro de Estudos da Favela (Cefavela-Cepid/Fapesp) abre hoje (15/7) as inscrições para a primeira turma do curso de extensão “Transformação do território das favelas e periferias brasileiras”.
Gratuito e online, o curso terá 11 semanas que somarão 88 horas de aulas e atividades para introduzir o debate sobre as dinâmicas do território e as possibilidades das políticas públicas para intervenção nas favelas e periferias.
O público alvo são assessorias técnicas; pessoas que atuam em ONGs; servidores públicos; e lideranças de comunidades urbanas, favelas e periferias, participantes do Prêmio Periferia Viva. As inscrições estão abertas até 1º de agosto.
A ideia é capacitar 400 pessoas neste ano, formando duas turmas para as aulas online, buscando abarcar pessoas do Brasil inteiro. As aulas da primeira turma serão realizadas entre 25 de agosto e 9 de novembro, para as quais estão disponíveis 200 vagas. Serão oito horas semanais: duas horas de forma síncrona, ao vivo, às segundas-feiras, das 19h às 21h. As outras seis horas serão compostas de estudos individuais e atividades.
“O curso pretende criar uma oportunidade de aprofundar o entendimento sobre os usos do território nas favelas e periferias brasileiras e sobre as potencialidades e desafios das intervenções e transformações participativas desses territórios”,
afirma André Pasti, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e pesquisador do Cefavela que coordena o curso.
Segundo o professor, essa demanda foi identificada tanto entre lideranças comunitárias das favelas e periferias quanto de servidores públicos que estão trabalhando com intervenções de urbanização ou prevenção de riscos nesses territórios.
Módulos
O curso tem cinco módulos. O primeiro, “Urbanização Brasileira, Favelas e Territórios Periféricos”, procura abarcar a própria periferização, a lógica de urbanização no Brasil, a formação das favelas e a dimensão territorial. O segundo, “Como conhecer melhor nossas periferias?”, trabalha sobre o tema do acesso a dados das favelas, tanto na perspectiva dos dados oficiais quanto da produção de dados pelas próprias favelas. Neste módulo, além de iniciativas de geração cidadã de dados, será apresentado o Mapa das Periferias, uma plataforma do Ministério das Cidades para reunir iniciativas das periferias brasileiras.
O módulo “Favela: dinâmicas territoriais e os paradigmas da ausência e potência”, o terceiro do curso, discute as dinâmicas ambientais e territoriais das favelas, alinhando a perspectiva da ausência, no sentido de reconhecer as precariedades, com a do reconhecimento das potências da favela. Uma das temáticas será o programa Periferia Sem Risco, da Secretaria Nacional de Periferias. No quarto módulo, “Transformação e urbanização de favelas”, o conteúdo será focado em políticas públicas para urbanização de favelas, apresentado sua trajetória e desafios e abordando o PAC Periferia Viva, política em andamento. O quinto e último módulo, “Participação popular na transformação de territórios”, trará metodologias para participação popular cujo objetivo é a transformação e cogestão dos territórios, e discutirá desafios e possibilidades da mobilização comunitária nas favelas.
A realização do curso é resultado de uma parceria do Cefavela com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades. O curso é apoiado pela UFABC e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Guilherme Simões, secretário Nacional de Periferias, será um dos professores do curso. Integram, ainda, o corpo docente profissionais que são referência no tema: Rosana Denaldi (UFABC/vice-diretora do Cefavela); Patricia Maria de Jesus (UFABC); Talita Stael Costa (Secretaria Nacional de Periferias); Gilberto Vieira (DataLabe, JararacaLab/PUC-PR e Observatório das Favelas); Flávia Feitosa (UFABC e Cefavela); Fernando Nogueira (UFABC e Secretaria Nacional de Periferias); Rodolfo Moura (Secretaria Nacional de Periferias); Luciana Ferrara (UFABC e Cefavela); Flávio Tavares (Secretaria Nacional de Periferias); Natasha Mendes Gabriel (Instituto Elos e Cefavela/UFABC), Alan Brum Pinheiro (Instituto Raízes em Movimento e IPPUR/UFRJ), além de André Pasti (UFABC e Cefavela).
“A disponibilização de cursos e espaços de formação para quem atua em iniciativas periféricas é uma ação prioritária da Secretaria Nacional de Periferias e um dos pilares do fortalecimento que precisamos incentivar ao redor do Brasil. O debate sobre a transformação das favelas e periferias precisa necessariamente da participação de quem está transformando realidades todos os dias”,
conclui Simões.
As inscrições também devem ser feitas neste site.
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